Três semanas após um grupo de hackers vazar informações confidenciais da Sony Pictures, o ator George Clooney deu uma entrevista exclusiva ao site Deadline em que defende o estúdio.
Nela, ele atacou a imprensa por “abdicar de seu dever” e falou sobre executivos de Hollywood que “correram para as montanhas” quando ele enviou uma petição solicitando que a indústria “ficasse junta” para não ceder às ameaças dos hackers.
“Devemos assumir nesse momento a posição ofensiva sobre esse ataque. Divulguem o filme online. Façam o que puderem para divulgar este filme. Não porque todo mundo tem que ver o filme, mas porque ninguém vai me dizer que não podemos ver esse filme”, declarou o astro.
No que diz respeito à decisão da Sony de cancelar o lançamento, Clooney afirma que o estúdio foi forçado a isso pelos proprietários dos cinemas. “A Sony não cancelou o filme porque estava com medo. Eles cancelaram o filme porque todos os cinemas disseram que não iam exibi-lo. E eles disseram que não iam exibi-lo porque conversavam com seus advogados, e esses advogados disseram que, se alguém morresse em uma das sessões, então eles seriam os responsáveis”, conta o ator.
Relembrando
Na última quarta-feira (17), a Sony Pictures cancelou o lançamento do filme “A entrevista”, paródia sobre o regime totalitário da Coreia do Norte, que entraria em cartaz dia 25 de dezembro nos Estados Unidos e, no dia 29 de janeiro, no Brasil.
A decisão foi tomada após redes de cinema norte-americanos se recusarem a exibir a comédia por medo de ameaças feitas por um grupo de hackers, chamado The Guardians of Peace. De acordo com serviços de inteligência americanos o GOP está ligado a Pyongyang (capital norte-coreana) e é culpado por invadir os computadores da Sony e acessar informações confidenciais, incluindo conversas de diretores da empresa com atores.