Você pode achar que não tem muito em comum com uma antiga fábrica ou um hospício abandonado. Mas a fotógrafa americana Sarah R. Bloom acabou identificando nestes espaços abandonados, uma representação do seu próprio processo de envelhecimento.
Aos 39 anos, Sarah que já havia capturado, por um ano e meio, uma série de auto-retratos nus enquanto lutava para aceitar as mudanças corporais que estava passando, decidiu usar uma câmera para explorar a relação entre estes lugares e seu corpo de meia-idade.
“As mulheres têm mais dificuldades do que os homens, à medida que envelhecem. Estes edifícios, assim como as mulheres depois de uma certa idade, ficam abandonados, sempre à esquerda. Ninguém presta atenção neles até que algo dramático aconteça”.
Agora Sarah quer fotografar seu corpo nu em vários espaços esquecidos e, com isso, enfrentar questões sobre o envelhecimento e o tempo. Sua experiência de exploração urbana foi arquivado em um mini-documentário de Cory Popp, em que ela narra seus sentimentos durante a experiência, sua vulnerabilidade emocional corresponde a do seu corpo exposto.
Sob uma luz poética, nua e crua, as fotografias da americana, na verdade, retratam o processo de envelhecimento universal.