São tempos difíceis para as mulheres em Hollywood.
Análise do San Diego State’s Center for the Study of Women in Television and Film constatou que de todos os protagonistas dos cem filmes campeões de bilheteria nos Estados Unidos no ano passado, apenas 12% eram do sexo feminino. E de todos os personagens com fala nos cem longas, 30% somente eram mulheres.
O estudo concluiu também que o número de protagonistas femininas nos grandes sucessos caiu 3% com relação a 2013 e 4% com relação a 2002. Uma involução é o que temos na maior indústria cinematográfica mundial. O desempenho espetacular de Jogos Vorazes – A Esperança: Parte 1 – filme mais visto em 2014 nos EUA – prova que o machismo da indústria é infundado. Mulheres vão ao cinema, mulheres atraem público e mulheres podem sim desempenhar papéis que vão além do de dona de casa, mãe e paixão do protagonista restrita a uma dependente trama romântica. É inacreditável que tais clichês de gênero sigam abundantes em pleno século XXI.
A análise verificou ainda que filmes dirigidos ou escritos por mulheres têm protagonismo feminino até três vezes maior que aqueles dirigidos e escritos por homens e, se as coisas vão mal para as mulheres em geral, pior ainda para as minorias: negras e latinas apareceram menos na telona que em 2013…