A noite de 24 de abril, a partir das 19h, será de lançamento de publicações na Galeria Ecarta. Serão duas e ambas envolvem arte, processo de criação e natureza deslocada. Uma delas é o cartaz-folder da exposição “Monstera Deliciosa”, de Manuela Eichner, que está no espaço desde 12 de março e será encerrada na ocasião. Haverá bate-papo com a artista e performance de Carina Sehn.
O material, de 42cm X 60cm, tem texto do gerente artístico da Galeria, Leo Felipe, e é ilustrado com a obra “Monstera Deliciosa, Colagem no Espaço”. A distribuição será gratuita. De acordo com Manuela, o cartaz foi produzido porque é um meio aglutinador. “Ele agrega o processo da Monstera com imagens do processo e das parcerias do trabalho”, explica a artista.
As peças da mostra “Monstera Deliciosa”, apresentadas na forma de instalação, resultam de um processo de tridimensionalização das colagens realizadas pela autora. As experimentações plásticas incluem série fotográfica, escultura e objetos criados a partir do procedimento da assemblagem. Como matéria-prima, Manuela escolheu itens prosaicos que evocam o cotidiano e a vida doméstica, tais quais os alimentos encontrados à mesa da maioria dos brasileiros e a planta que empresta seu nome à exposição, Monstera Deliciosa, mais conhecida como Costela de Adão.
Estado de Deriva em Residência Móvel
A segunda publicação a ser lançada em 24 de abril é resultado do projeto de arte “Estado de Deriva em Residência Móvel”, patrocinado pela Secretaria de Cultura do Governo de Goiás, através do Fundo de Cultura. A iniciativa levou, entre 12 e 19 de dezembro de 2014, nove pessoas — artistas e pesquisadores de arte — para vivenciarem um processo artístico na região de Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros.
A proposta foi pensada e formatada conjuntamente pelos artistas goianos Rubens Pileggi e Liza Santos e pelas gaúchas Michelle Sommer e Gabriela Silva. O grupo ainda convidou Dalton Paula e Juliano de Morais, também de Goiás, a paraense Roberta Carvalho, além de dois artistas em formação: Carolina Figueroa, do Chile, e Fransuel Becker, de Goiás.
Durante sete dias, morando em casas construídas sobre árvores, os participantes vivenciaram situações e criaram os seus trabalhos no meio da mata. A intensa convivência propiciou trocas e partilhas que geraram vários níveis de contaminação e parcerias. Assim, com chuva ou sol, produziram fotos diurnas e noturnas, registros em vídeo, projeções, performances, esculturas realizadas com materiais orgânicos, experimentações com o uso de pigmentos a partir de materiais encontrados na natureza, poemas concretos escritos com pedrinhas e textos sobre o que estava acontecendo.
Dividida entre registros de imagens, reflexão teórica e obras fotográficas, a publicação “Estado de Deriva em Residência Móvel” será distribuída gratuitamente no lançamento, que contará com a presença de Rubens Pileggi Sá e Gabriela Silva, dois dos idealizadores do projeto.
Por: Dóris Fialcoff