Em entrevista Tony Bellotto fala sobre o Ópera Rock, próximo disco dos Titãs.

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O que pode acontecer durante 2 anos? Bom, para os Titãs muita coisa. Em 2014 a banda lançou o seu décimo quarto álbum de estúdio, já em 2016 anunciam a saída de Paulo Miklos. Para muitos o Titãs perdeu a essência após a saída de Miklos, mas a banda deixa bem claro que não é bem por aí. Logo após a saída de Paulo, os músicos remanescentes anunciaram a entrada de Beto Lee na guitarra. E logo em seguida anunciaram que estão trabalhando em um novo projeto, chamado “Ópera Rock”, que deve ser lançado no segundo semestre do ano que vem. O disco contará com a participação de Hugo Possolo e Marcelo Rubens Paiva.

Atualmente a formação dos Titãs conta com Branco Mello (vocais e baixo), Sérgio Britto (vocais, teclados e baixo), Tony Belloto (guitarra e vocais), Beto Lee (guitarra) e Mário Fabre (bateria)

Para falar sobre o novo trabalho e um pouco de toda essa história, o NO PALCO falou com o guitarrista e vocalista Tony Belloto. Confiram os melhores momentos da conversa!

 

NO PALCO – Como foi o processo de adaptação do Beto Lee?

Tony Belloto – Muito tranquilo e natural. O Beto é um excelente guitarrista, com muitas afinidades sonoras conosco. Além de ser um cara zen, de trato fácil.

Como o público tem recebido a banda, há alguma diferença?

Sim, o público está mais animado, sinalizando que aprovou a mudança e torce sempre por nós.

O “Nheengatu” teve uma sonoridade bem mais pesada e foi muito elogiado pela crítica, vocês pretendem seguir nessa pegada ou vão dar uma quebra de estilo?

Não se repete uma conquista. O próximo trabalho terá, claro, coisas na pegada do Nheengatu, mas terá de ir além disso.

O “ópera rock” será um trabalho conceitual certo? A ideia do disco contou com a participação do Paulo, ou as ideias surgiram com a chegada do Beto?

Começamos a pensar numa ópera rock ainda na época que o Paulo estava na banda. Mas como ele já estava com a cabeça em outro lugar, fora da banda, a ideia não prosperou. Portanto o Paulo não participou do nascimento da ideia. A chegada do Beto fez com que a ópera desabrochasse.

Qual foi o motivo para trazer está novidade para o rock brasileiro?

Nenhum motivo especial. Só a vontade de fazer uma coisa diferente, nunca ousada no rock tupiniquim. É bom poder ser original depois de 34 anos de carreira.

Vocês estão contando com a ajuda do Hugo Possolo e do Marcelo Rubens Paiva na narrativa, isso indica que o novo trabalho poderá se tornar outros projetos como: filme, documentário ou teatro. Ou não?

Sim! A ideia é essa. Que o trabalho se ramifique por aí.

Vocês pretendem excursionar com uma nova turnê, ano que vem?

Claro. Levando a ópera rock para o Brasil inteiro.

 

 

Escute o cover de “Pro Dia Nascer Feliz”, gravado para a novela Malhação.