Foto: Tony Capellão/No Palco
Aguardado por mais de 1.700 pessoas Rob Zombie subiu ao palco do Pepsi On Stage, vestindo uma jaqueta de couro prateada e uma calça boca, para mostrar um verdadeiro show de groove metal misturado com metal alternativo, horror punk e metal industrial. O músico inaugurou a apresentação com “Dead City Radio and the New Gods of Supertown“, lançada em 2013 no disco Venomous Rat Regeneration Vendor. Na sequência emendou as clássicas “Superbeast“, de 1999, e “Demonoid Phenomenon“, de 1998.
A primeira do disco novo The Electric Warlock Acid Witch Satanic Orgy Celebration Dispenser, lançado ano passado, foi “In the Age of the Consecrated Vampire We All Get High“. Poucas pessoas conheciam a letra, mas mesmo assim pularam e gritaram. Logo em seguida veio outro clássico de 98, desta vez foi “Living Dead Girl“, para delírio da galera. “Scum of the Earth”, tema do filme Missão Impossível II, também esteve no setlist.
Em “Well, Everybody’s Fucking in a U.F.O.“, Zombie pegou dois ETs infláveis e lançou para a platéia. Mas isso foi só o aquecimento para a primeira música do White Zombie, banda que consagrou Rob nos anos 90, “More Human Than Human“. “Never Gonna Stop (The Red, Red Kroovy)” e “House of 1000 Corpses” completaram a sequência nostálgica.
Com o show se encaminhando foi a vez de tocar um dos maiores sucessos de sua antiga banda, “Thunder Kiss ’65“. A música teve uma intermissão de “School’s Out“, de Alice Copper, e foi introduzida pelo solo de John 5. O final foi divido em dois bis, no primeiro tocaram “The Lords of Salem” e “Get Your Boots On! That’s the End of Rock and Roll“. Já no segundo, e último, eles encerraram a apresentação com “Dragula“. Foi um show incrível, apesar de não ter interagido muito com o público, vimos um Rob Zombie disposto e cheio de energia no palco. E claro, acompanhado por uma banda ótima. Está foi a primeira vez de Zombie em Porto Alegre.
GHOST B.C.
Os suecos do Ghost subiram ao palco, antes de Rob Zombie, mostrando o encontro do rock psicodélico com o heavy metal. Conhecidos pelas músicas de cunho satanista, o que contrasta com a sensibilidade pop e os vocais limpos que permeiam as canções, eles levam um Grammy Awards na bagagem pela música “Cirice”, do disco Meliora.
Eles subiram ao palco com uma intro de Jocelyn Pook, compositora e violista inglesa, logo em seguida tocaram os primeiros acordes de “Square Hammer“, do EP Popestar. “From the Pinnacle to the Pit” foi a primeira do Meliora, disco muito elogiado pela crítica. Até aí metade do público estava conquistado pela banda, até que o vocalista Papa Emeritus da as primeiras palavras em português, arriscando um “Porto Alegre” e “Obrigado”.
Os Nameless Ghouls tocaram “Ritual“, “Year Zero” e “Cirice” em sequência, com uma pitada de “Shine On You Crazy Diamond“, do Pink Floyd. As músicas “Absolution” e “Mummy Dust” deram um tom mais tranquilo para o show. “Monstrance Clock” encerrou a apresentação que teve 45 minutos de duração. Os músicos se despediram sob muitos aplausos.