O retorno do Pavilhão 9 aos palcos ocorre em outubro no Bar Opinião, em Porto Alegre

Conhecido pelo seu discurso forte e pelas suas letras que abordam temas políticos e sociais de maneira bastante crítica, o Pavilhão 9 anunciou recentemente que vai voltar à ativa. O grupo, considerado um dos nomes fundamentais do rock pesado nacional na década de 90, fará o seu primeiro show de retorno aos palcos no Opinião, no dia 19 de outubro. Relembrando todas as composições impactantes dos seis discos que gravou ao longo da sua carreira, como “Otários Fardados”, “Mandando Bronca” e “Execução Sumária”, a banda paulista – liderada pelos vocalistas Rhossi e Doze – também irá mostrar algumas das suas composições inéditas, que certamente estarão no álbum “Antes Durante Depois”, previsto para chegar às lojas e aos serviços de streaming ainda em agosto. O single “Tudo por Dinheiro”, que no final de julho ganhou até um lyric video (https://youtu.be/dyM4HilyCKM), será uma dessas novidades do repertório.

PAVILHÃO 9
O Pavilhão 9 é uma banda de rock pesado, formado no bairro paulista do Grajaú, em 1990. Com influências modernas do new metal e do rap, passando também pelo punk e pelo hardcore, o grupo teve o seu nome inspirado em uma torcida organizada do Corinthians. Em 1992, o Pavilhão 9 lançou o seu primeiro álbum, chamado “Primeiro Ato”, cujo principal destaque foi a polêmica canção “Otários Fardados”, com críticas pesadas à Polícia Militar de São Paulo. Por medo de sofrer represálias, a banda passou a aparecer em público escondendo o rosto atrás de gorros, máscaras de hóquei e pinturas, que acabaram virando a marca registrada dos seus shows.

Com o nome em evidência no cenário underground nacional, o grupo paulista assinou com a gravadora Paradoxx Music para soltar, em 1994, o seu segundo álbum. O disco “Procurados Vivos ou Mortos” manteve o discurso afiado da banda e foi acompanhado por uma longa turnê pelo país. O próximo trabalho de estúdio do Pavilhão 9, chamado “Cadeia Nacional”, chegou às lojas em 1997 e reforçou o engajamento político e social do grupo, que abordou na maioria das suas letras as dificuldades vividas na periferia das grandes cidades. Já o álbum “Se Deus Vier, que Venha Armado”, de 1999, voltou a causar polêmica por evidenciar a violência policial mais uma vez e por trazer a imagem de Jesus Cristo na capa.

Ainda mais conhecido por causa desses grandes embates com a Igreja e com as autoridades, o Pavilhão 9 passou a ser um dos principais nomes da música pesada nacional em 2000, quando trocou a Paradoxx pela Warner Music e foi escalado para tocar no dia do metal do Rock in Rio, já no ano seguinte. Em 2006, depois de lançar o disco “Público Alvo”, a banda interrompeu as suas atividades e viu o vocalista Rhossi gravar o seu primeiro trabalho solo, chamado “#AHoraÉAgora”, com bastante destaque.

Depois de se reunir em 2012 para um show no Lollapalooza, o grupo anunciou a retomada da sua carreira, em meados desse ano. Planejamento o lançamento de mais um disco até o final de 2017, já batizado com o nome “Antes Durante Depois”, o Pavilhão 9 atualmente é formado pelos rappers Rhossi e Doze, agora acompanhados pelo baterista Leco Canali (ex-Tolerância Zero), pelo baixista Heitor Gomes (ex-Charlie Brown Jr.) e pelo guitarrista Rafael Bombeck. “As letras do nosso próximo disco vão falar sobre o cotidiano da periferia e também do momento conturbado que o país vive hoje. O povo está sentindo na pele a incompetência dos nossos governantes”, adiantou Rhossi, em uma entrevista ao UOL.

SERVIÇO

Fonte: Opinião Prdutora
Foto: Alex Miranda