Ney Matogrosso convidou a Nação Zumbi para relembrar a obra de seu antigo grupo, em um show marcado pela qualidade e improviso entre as duas atrações no palco Sunset.
A combinação entre a voz aguda de Jorge dü Peixe e a voz doce e macia de Ney Matogrosso foi um dos pontos que deixaram a apresentação meio perdida, pois são bem diferentes. O show começou às 20h10 e durou uma hora, foram 15 músicas dividas entre Secos e Nação.
“Mulher Barriguda“, dos Secos, foi quem abriu o show. “Amor“, um dos maiores sucessos do grupo veio na sequência. A primeira do Nação Zumbi foi “Cicatriz“, do disco Nação Zumbi de 2014.
Após um dia marcado pela música nordestina, só faltava o manguebeat da Nação Zumbi para encerrar o palco Sunset. E foi isso que aconteceu, o grupo deu uma nova roupagem nas músicas do Secos & Molhados. Mas Ney pecou ao não decorar algumas letras do Nação, por vezes ele cantou apenas o refrão.
“Um Sonho” e “Foi de Amor“, do Nação Zumbi, não animou muito a galera, que não demonstrou não conhecer estas músicas novas da banda. Mas logo em seguida o repertório voltou para os Secos e tocaram “Tem Gente Com Fome” e a incrível “Sangue Latino“.
O Nação, emfim, mandou um dos seus sucessos. Era a vez de “Maracatu Atômico“, um hino dos anos 90 composta por Chico Science. Ney voltou com “Rosa de Hiroshima“, que a muito tempo não cantava ao vivo. O cover do clássico “Refazenda“, de Gilberto Gil, também esteve no setlist. “Fala” e “A Ordem é Samba” foram as últimas do Secos & Molhados, e “Quando a Maré Encher“, do Nação Zumbi, encerrou a apresentação.