Baseado no clássico grego “As Bacantes”, de Eurípedes, “BAKAS” faz uma releitura sobre a tragédia, desconstruindo as convenções de encenação tradicionais.
A montagem que estreou no último final de semana é dirigido por Zé Adão Barbosa e Larissa Sanguiné, com direção corporal e coreográfica de Carlota Albuquerque, direção musical de Everton Rodrigues, e conta com um elenco de 18 novos atores.
O trabalho se refere a Dionísio, deus das artes e do teatro, e busca traçar relações com nossa contemporaneidade sobre a arte sendo julgada, policiada e rechaçada por preconceitos diversos. A busca de uma linguagem que transita entre a criação de personagens e a unidade do coro promove releituras com dinâmicas de encenação contemporâneas. A cenografia desenha níveis pelo espaço, quebrando a convenção entre palco e plateia, permitindo ambientes que se relacionam com o imaginário das bacanais e das acrópoles gregas .
A trilha sonora dialoga com a ideia de festas tribais e míticas, buscando referências no carnaval, Tropicália e Madonna. A sonoridade da peça também se dá em ambientações, a partir de elementos da cenografia que permitem criar atmosferas de tensão e suspensão, com ruídos que surgem de nichos diversos.
Os atores exercitam uma investigação de construção de personagens, buscando transposições de situações trágicas para a contemporaneidade, articulando em funções múltiplas na dramaturgia da encenação. O elenco se desafia a encontrar caminhos subjetivos para tocar elementos trágicos e do estado dionisíaco, que diz respeito ao acontecimento teatral, investigando outras relações através da dança, do canto e do texto.
Revisitando o mito grego que conta a desforra de Dionísio, indignado com as irmãs de sua mãe, Sêmele. Elas não acreditavam que ela, seduzida por Zeus, o tivesse gerado. Dionísio então força o delírio das filhas de Cadmo, que de espírito enlouquecido, habitam na montanha. Penteu, filho de Ágave, uma das irmãs de Sêmele, e rei de Tebas, recusa-se a venerar o deus, e manifesta publicamente a sua indignação com as cerimônias.
“BAKAS” é o espetáculo teatral de conclusão do ano 1 de 2017 do Curso Profissionalizante de Formação de Atores da Casa de Teatro de Porto Alegre.
Ficha Técnica:
Direção: Larissa Sanguiné e Zé Adão Barbosa
Direção Corporal e Coreográfica: Carlota Albuquerque
Direção Musical: Everton Rodrigues
Direção Assistente: Gustavo Dienstmann
Professores do Curso de Formação de Atores: Ana Carolina Moreno, Carlota
Albuquerque, Everton Rodrigues, Francisco Gick, Gilberto Goulart, Juliane
Sena, Larissa Sanguiné e Zé Adão Barbosa
Elenco:
Alexei Goldenberg
Andriele Dallagnol
Artur Luzardo
Cristiano Nascimento
Ewillyn Lopes
Franco Mendes
Gabriel Martins
Gabriel Mesquita
Henrique Lago
José Passos
Leandra Kruger
Luiza Waichel
Natália Ferreira
Pâmela Manica
Rafael Dorneles
Renata Lorenzi
Stella Corrêa
Yuri Almeida
Criação e Operação de Luz: Ricardo Vivian
Concepção Cenográfica: Gustavo Dienstmann
Cenotécnico: Paulo Ricardo de Oliveira
Criação de Figurinos: Gustavo Dienstmann
Maquiagem: Juliane Senna
Técnico e Operador de Som: Jimi Mello
Arte Gráfica: Didi Jucá e Henrique Lago
Teaser e Vídeos do Espetáculo: Victória Sanguiné
Direção de Produção: Jeffie Lopes
Produção Executiva: Anderson Muniz
Monitoria Coreográfica e Cênica: Thiago Ruffoni
Monitoria Musical: Fernanda Pedroso
Monitoria de Aula: Rafaela Fischer
Fotografias de Divulgação e de C ena: Victória Sanguiné
Divulgação: Casa de Teatro de Porto Alegre e o grupo
Assessoria de Imprensa: Liane Strapazzon
Administração da Casa de Teatro de Porto Alegre: Jeffie Lopes
Realização: Casa de Teatro de Porto Alegre
Serviço:
Espetáculo teatral “BAKAS”
Teatro do Museu do Trabalho – Rua dos Andradas, 230
Dias 19, 20, 21, 22, 23, 25 e 26 de janeiro, sempre às 21h
Ingressos
R$ 25,00 Inteira
R$ 15,00 Com desconto pra Estudantes, Idosos, Classe Artística e Alunos da
Casa de Teatro de Porto Alegre