Foto: Lucca Miranda
Após um show marcado por problemas acústicos, em 2015, na FIERGS, o Foo Fighters estava de volta a Porto Alegre neste domingo (4). Desta vez para se apresentar em um estádio com mais de 30 mil pessoas. Durante quase três horas de show, a banda tocou seus principais hits e levantou o público.
A turnê mundial tem como objetivo divulgar o novo disco da banda, chamado ‘Concrete and Gold’, lançado no fim do ano passado. A banda subiu ao palco 21h, sob gritos, aplausos, assobios e muitos flashes de celulares. Dave Grohl ergueu os braços e começou a agitar a galera com seus famosos gritos. “Run“, o primeiro single do Concrete and Gold, foi a música de abertura, seguida por “All My Life” e “Learn To Fly”, repetindo a sequência do show em Curitiba, na última sexta-feira (2).
Durante “The Pretender”, Dave perguntou se o pessoal queria rock n’ roll, a resposta foi sim, então ele mandou muito rock. Na sequência veio outros single do novo trabalho, “The Sky Is Neighbourhood”. O disco multi vencedor do Grammy, ‘Wasting Light’, também foi representado no repertório, a primeira foi “Rope”.
A banda deu uma parada para o baterista Taylor Hawkins tomar os holofotes. Ele mandou um lindo solo de bateria e ao mesmo tempo uma plataforma foi o-erguendo junto ao seu instrumento. Em seguida ele começou a tocar e cantar outra música nova, chamada “Sunday Rain”, que conta com participação de Paul McCartney na gravação.
Um dos maiores hits da banda, “My Hero”, veio para conquistar de vez o público. Dave Grohl surgiu sozinho no palco e começou a tocar os primeiros acordes. Depois a banda foi surgindo e a música explodiu com um coro incrível da plateia. O ‘Wasting Light’ voltou a ser representado com uma sequência de “These Days” e “Walk”, vencedora de dois Grammys.
Em meio ao som das guitarras e dos pratos da bateria, teve espaço para show do próprio público. Milhares de celulares foram acesos e erguidos durante o refrão de “Breakout”, iluminando a noite de rock no Estádio Beira Rio.
Em um momento instrumental, Dave começou a apresentar a banda. Cada integrante tocou um trecho de algum clássico do rock. Chris Shiflett cantou “Under My Wheels”, de Alice Cooper, Pat Smear tocou “Blitzkrieg Bop”, do Ramones, e Rami Jaffee puxou o instrumental de “Imagine”, do John Lennon, mas com a letra de “Jump”, do Van Halen. Depois Dave assumiu a bateria e Taylor foi para os vocais. Eles tocaram o cover de “Under Pressure”, do Queen com David Bowie.
A sequência de 5 músicas para fechar o primeiro set não poderia ser diferente, tudo clássico. A primeira foi “Monkey Wrench”, seguida por “Times Like These”, “Generator” e “Big Me”. “Best of You”, considerada um ‘hino de arena’ pelo refrão, foi quem encerrou a primeira parte.
Na volta do bis, a banda apareceu no telão e perguntou quantas músicas o público queria que eles tocassem. Muito bem humorado, Dave foi empolgando a plateia, até que Josh Homme apareceu no telão e conquistou de vez. Antes de começar a tocar “Dirty Water”, o frontman do Foo Fighters chamou um fã mirim ao palco e mandou o garoto ficar do lado do palco assistindo a última parte do show. Uma das canções mais antigas do repertório, “This Is a Call”, foi tocada na sequência.
O fechamento foi brindado com a mais clássica da banda “Everlong”. Encerrado às 23h40, o show de quase três horas garantiu uma viagem pelos 20 anos de Foo Fighters e mostrou que o grupo tem fôlego de sobra para continuar conquistando fãs. Foram 21 músicas, 8 discos representados. Desde Foo Fighters, lançado em 1995, até o novíssimo Concrete and Gold. Alguns fãs estranharam o fato da banda ter ignorado canções do disco Sonic Highways e do LP Saint Cecilia.
QUEENS OF THE STONE AGE ARREBENTA COM SHOW EMPOLGANTE E BEM FEITO
O Queens of the Stone Age também voltou a Porto Alegre, após um show marcante no Pepsi On Stage, em 2014. Dessa vez a tarefa da banda era agradar os fãs do Foo Fighters. E parece ter conseguido, mostraram diversos clássicos e interagiram com a galera.
Josh Homme e os demais integrantes subiram ao palco de “Walk the Night”, do Skatt Brothers. Em seguida abriram o show com “My God is The Sun”. Depois veio uma sequência de “Burn the Witch” e “In My Head”.
O disco ‘Villains’, lançado ano passado, foi representado com “Feet Don’t Fail Me”, “The Way You Used to Do”, “The Evil Has Landed” e “Domesticated Animals”.
Sempre bem humorado, Josh mandou alguns ‘thank you’ e brincou com o público. Antes de tocar “No One Knows”, ele falou que tocaria uma música nova e pegou a plateia de surpresa. Um dos primeiros singles da banda, “Regular John”, de 1998 foi tocada sem estar no setlist inicial.
Em “Make It Wit Chu”, Josh chamou a atenção do segurança que tentou tirar um cigarro da boca de um fã em frente do palco. Ele falou — “Isso aqui é um show de rock ou o quê, p****a”.
Outros clássicos do grupo também marcaram o setlist, como “Little Sister“, “You Think I Ain’t Worth a Dollar, but I Feel Like a Millionaire” e “If I Had a Tail”. “A Song for the Dead” encerrou a apresentação, que teve 1 hora e 20 minutos de duração.
O QOTSA se mostrou firme e provou que pode sim, ser uma das maiores bandas do rock alternativo. As guitarras de Homme, Troy Van e Dean Fertita se encontram perfeitamente e marcam um som pesadão. Também devemos destacar a bateria de Jon Theodore, perfeita!