Com 625 apresentações artísticas e mais de 1.600 horas de oficinas previstas para 2018, o Palco Giratório, iniciativa do Sesc de difusão e intercâmbio de artes cênicas, se consolida como a maior ação do gênero no Brasil. O lançamento nacional do Palco Giratório será em Belo Horizonte (MG), no dia 22 de março, com uma mostra de cinco dias que terá a apresentação do Cia. Teatral Turma do Biribinha (AL) e os espetáculos “Fauna” (MG), “Looping: Bahia Overdub” (BA) e “Farinha com açúcar ou sobre a sustança de meninos e homens (SP). Além do circuito nacional, o Palco Giratório se desdobra em 33 Aldeias, mostras regionais de arte e cultura que recebem a programação.
Ao longo de 2018, as atividades terão lugar em 132 cidades de 26 estados e Distrito Federal, trazendo uma programação caracterizada pela diversidade de expressões, qualidade de espetáculos e ações formativas com grupos das cinco regiões brasileiras. Como sempre, a proposta é destacar questões presentes na contemporaneidade por meio da arte.
Nesta 21ª edição, o Circuito Especial do Palco Giratório destaca o circo, e tem como homenageado o Palhaço Biribinha. Patrimônio Vivo da Cultura Alagoana, Teófanes Antônio Leite da Silveira tem um histórico de engajamento e resistência para com as artes circenses no Brasil. Para o Circuito Especial, uma lona de circo ficará montada pelo período de até 20 dias nos estados por onde circular, funcionando como ponto de encontro para apresentações de grupos circenses locais, ações formativas, palestras e números – além das apresentações da própria Cia. Teatral Turma do Biribinha.
O processo de seleção dos grupos participantes do Palco Giratório é feito por uma equipe de curadoria composta por 34 profissionais do Sesc, de todo o Brasil. Ao longo do ano, os curadores indicam até cinco espetáculos de seus estados, que são apreciados pelo grupo durante o Encontro Nacional de Artes Cênicas. Partindo da diversidade, aspecto-chave do Palco, são analisados critérios como a heterogeneidade de expressões artísticas, regiões, estados e faixas etárias dos espetáculos. Para 2018, foram selecionados 20 grupos provenientes de 12 estados e do Distrito Federal.
Gaúchos no Circuito Nacional Palco Giratório 2018 – A Cia Caixa do Elefante, de Porto Alegre, e o Coletivo Errática, de Montenegro, irão percorrer diversos estados brasileiros levando as montagens “Cuco: teatro para bebês” e “Ramal 340: sobre a migração das sardinhas ou porque as pessoas simplesmente vão embora”, respectivamente, e também oficinas.
Cia Caixa de Elefante traz um espetáculo para bebês, que busca trazer à tona as sensações de mundo percebidas pelos pequenos. Por meio do lúdico, uma cama acolchoada e fantasias, a montagem convida à reflexão sobre as necessidades dos pequenos, inclusive em relação à cultura. O trabalho tem roteiro e direção de Mário de Ballentti, e é interpretado pelas atrizes Ana Luiza Bergmann e Bruna Baliari Espinosa.
O Coletivo Errática, que participou como convidado do 12º Festival Palco Giratório Sesc/POA, também integra pela primeira vez o Circuito Nacional, apresentando um trabalho de fôlego. Em “Ramal 340”, seis histórias simultâneas dialogam entre si e com o público, sobre relacionamentos, ausências, sofrimentos e necessidades humanas.