No dia 28 de março, quarta-feira, a Sala Redenção – Cinema Universitário abre sua programação para o ano de 2018 com muitas novidades. Visualmente, a Sala Redenção foi alvo de intervenção artística de um coletivo do Instituto de Artes da UFRGS em sua fachada e em seu interior. O Departamento de Difusão Cultural da UFRGS, através do projeto Arte Afora, e em parceria com o Estúdio P Atelier Aberto de Pintura, desenvolveu para o hall da Sala o trabalho Arte da Memória, em que trouxe 78 telas, a partir de 78 frames que contam a história do cinema mundial por meio da linguagem da pintura. O destaque fica para a manifestação artística na fachada da Sala Redenção. Lá, os alunos pintaram a Lua de Georges Méliès. O projeto Arte Afora é coordenado por Carla Bello e o Studio P Atelier de Pintura por Marilice Corona.
A fim de celebrarmos a reabertura da Sala, exibiremos dois longas e um curta da documentarista paulista Eliza Capai. Na primeira sessão, às 16h, serão exibidos o curta No devagar Depressa dos tempos (2014) e o longa Tão longe é aqui (2013).
Um pouco mais tarde, na sessão das 19h, Eliza Capai lançará seu último filme, O Jabuti e a Anta (2016), especialmente para o público da Sala Redenção. Detalhe: a premiada documentarista brasileira fará a primeira apresentação de seu trabalho em solo gaúcho, após participar de diferentes festivais de cinema ao redor do mundo.
Em 2013, o longa Tão longe é aqui ganhou os seguintes prêmios: Melhor Filme da Mostra Novos Rumos no Festival do Rio de Janeiro e Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Cinema Feminino. As distinções na carreira da documentarista não param por aí. Entre 2014 e 2015, seu curta No devagar depressa dos tempos venceu três importantes festivais de cinema. São eles: Melhor Curta no Festival de Cine de la Mujer Marialionza em 2015; Melhor Curta – Mostra Sertões no Curta Vale em 2014; e Melhor Filme – Voto Popular no Festival de Vitória em 2014.
Seu último trabalho foi o impactante O jabuti e a Anta, de 2016. Neste longa, descrito por Capai como um boat-movie, a documentarista percorreu as margens dos principais rios atingidos pelas construções de usinas hidrelétricas ao longo dos anos no país. O conflito entre o progresso desenfreado e a vida nas comunidades ribeirinhas é o elo que permeia todo o enredo do longa. Dentre as comunidades visitadas estão a Bacia do Rio Xingu (Pará), Tapajós e Ene, situado na fronteira do Brasil com o Peru. O filme foi parte da seleção oficial do Festival do Rio, Mostra de São Paulo e de Tiradentes.
O quê: Eliza Capai em três tempos
Quando: 28 e 29 de março
Onde: Sala Redenção – Cinema Universitário da UFRGS – Rua Luis Englert, s/n.
Quanto: Entrada Franca
No Devagar Depressa dos Tempos
28 de março – quarta-feira – 16h
29 de março – quinta-feira – 19h
Gênero: Documentário
Direção produção e roteiro: Eliza Capai
Duração: 25 min
Ano: 2014 Formato: Digital
País: Brasil
Cor: Colorido
Sinopse: Guaribas, ali bem do lado da Serra das Confusões, sertão do Piauí: onde o tempo da escravidão ainda é frase no presente, algo começa a mudar. Conversando com mulheres de duas gerações, escutamos como era, como é e como pode ser a vida de quem acaba de cruzar a linha da miséria. De um lado seca, alcoolismo, violência familiar e fome. Chegada do Estado, renda, educação e autoestima do outro. No embate do que era e do que começa a ser, vislumbramos um tempo de rápidas mudanças no devagar daqueles tempos.
Prêmios
Melhor Curta no Festival de Cine de la Mujer Marialionza em 2015
Melhor Curta – Mostra Sertões no Curta Vale em 2014
Melhor Filme – Voto Popular no Festival de Vitória em 2014
Festivais
Festival Internacional de Curtas de São Paulo (2015)
Festival de Vitória (2014)
Festival Internacional de Guadalajara (2015)
ENTRETODOS – Festival de Curtas-Metragem de Direitos Humanos (2014)
Festival de Cine de la Mujer Marialionza (2015)
Curta Vale (2014)
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Tão longe é aqui
Gênero: Documentário
Diretora: Eliza Capai
Duração: 75min
Ano: 2013 país: Brasil
Formato: digital
A partir de memórias guardadas de uma longa viagem, uma carta é enviada para o futuro. Sozinha, longe de casa e às vésperas de completar 30 anos, uma brasileira parte em uma jornada pela África. Na carta para sua filha, ela conta dos encontros com mulheres que vivem em suas culturas e tempos. Um diário, um road movie e um convite a todas as pessoas que lideram seus próprios caminhos.
Prêmios:
Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Cinema Feminino – 2013
Melhor Filme da Mostra Novos Rumos no Festival do Rio – 2013
Lançamento de O Jabuti e a Anta
28 de março – quarta-feira – 19h
29 de março – quinta-feira – 16h
Gênero: Documentário
Ano: 2016
Formato: Digital
Direção: Eliza Capai
A seca em São Paulo é o ponto de partida da viagem. Inquieta com as imagens dos reservatórios vazios no sudeste do Brasil, uma documentarista busca entender estas obras faraônicas, agora construídas no meio da floresta Amazônica. Entre os rios Xingu, Tapajós e Ene, ecoam vozes de ribeirinhos, pescadores e povos indígenas, atropelados pela chegada do chamado desenvolvimento. Um boat movie e uma reflexão sobre os impactos de nossos estilos de vida.
Após a sessão das 19h, Eliza Capai conversará com o público.
Eliza Capai é jornalista formada pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Desde 2001 atua como diretora e documentarista com temáticas relacionadas a cultura, gênero e sociedade.