Artista distribui Sopa de Pedra no viaduto da Borges

Na noite de sexta-feira, 22 de junho, das 19 às 21h,  o artista mineiro Matheus Rocha Pitta apresenta a ação Sopa de Pedra, que vai ocupar a escadaria do Viaduto Otávio Rocha, mais conhecido como “Viaduto da Borges”, no Centro Histórico de Porto Alegre/RS. A performance faz parte da programação da Fundação Iberê Camargo e será realizada em parceria com o restaurante JUSTO. A ação consiste em distribuir aos passantes um prato com um caldo quente e uma escultura de um legume em pedra sabão, em uma performance coletiva sobre a fome, a história oral e a solidariedade.

A lenda em torno da sopa de pedra, transmitida oralmente de geração a geração, ganhou corpo nas esculturas de Matheus – escultura social, de pedra sabão, de homens e mulheres participando de uma ação. As pedras são um signo da fome mas também da partilha: a fome é aquilo comum a todos, compartilhar a sopa é também uma partilha da fome.

De 18 a 23 de junho, o artista também participa do programa Artista Convidado do Ateliê de Gravura, que tem o objetivo de proporcionar aos artistas convidados a experimentação técnica e a produção de gravuras, que passam a integrar o acervo da instituição. No dia 24, domingo, às 15h, Matheus faz uma conversa aberta ao público para compartilhar sua experiência e processo de trabalho. A entrada é franca.

O programa Artista Convidado do Ateliê de Gravura acontece desde a criação da Fundação Iberê Camargo, em 1995. Desde então, passaram pelo programa mais de cem artistas brasileiros e estrangeiros, com trajetórias consolidadas e jovens expoentes da arte contemporânea. Para Eduardo Haesbaert, coordenador do Ateliê de Gravura, o principal objetivo é “manter vivo o legado de Iberê Camargo e oferecer aos artistas residentes uma oportunidade de experimentação no campo da gravura”. “Além disso, o Programa faz uma aproximação entre os artistas convidados e a comunidade em geral, proporcionando um diálogo com o público”, afirma Eduardo.

Matheus Rocha Pitta (Tiradentes, MG, 1980) procura afirmar um posicionamento crítico perante os mecanismos de troca que determinam as relações sociais, políticas e culturais explorando os paradoxos existentes. Não seguindo ramos formais do conhecimento, o artista cria um território de dissidência próprio. Nascido em Tiradentes, Brasil, Matheus Rocha Pitta trabalha com fotografia, escultura, vídeo e instalação. O artista ganhou o Illy Sustain Art Prize, Madrid (2008), tendo participado na 9th Taipei Biennial (2014) e na Bienal de São Paulo 2010). As suas exposições mais recentes incluem “Aos Vencedores as Batatas” (Kunsthalle Bethanien, Berlim, Alemanha, 2017), “Modos de Ver o Brasil” (Museu da Cidade | OCA, São Paulo Brasil), “Alimentário” (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 2014), “Collective Fictions” (Palais de Tokyo, Paris, 2013), entre outras. O seu trabalho está representado em várias colecçõess públicas como o MAM Rio, Brasil e o Castello di Rivoli, Turin, Itália.

A Fundação Iberê Camargo tem o patrocínio de  ItaúGrupo GPSIBMOleoplanAgibankBTG PactualBanrisul e apoio SLC Agrícola, Sulgás e DLL Group, com realização e financiamento do Ministério da Cultura / Governo Federal. A Traduzca apoia a exposição As Durações do Rastro.

Serviço

Matheus Rocha Pitta na Fundação Iberê Camargo

Sopa de Pedra

Dia 22 de junho, sexta-feira, das 19h às 21h

Local: escadaria do Viaduto Otávio Rocha, em frente ao restaurante JUSTO – Centro Histórico

Entrada franca

Programa Artista Convidado do Ateliê de Gravura – conversa aberta com o público

Dia 24 de junho, domingo, às 15h

Entrada franca

Endereço: Fundação Iberê Camargo – Avenida Padre Cacique, 2000

Como chegar:

A Fundação Iberê dispõe de estacionamento pago, operado pela Safe Park.

As linhas regulares de lotação que vão até a Zona Sul de Porto Alegre param em frente ao prédio, assim como as linhas de ônibus Serraria 179 e Serraria 179.5. É possível tomá-las a partir do centro da cidade ou em frente ao shopping Praia de Belas. O retorno pode ser feito a partir do Barra Shopping Sul, por onde passam diversas linhas de ônibus com destino a outros pontos da cidade.

Pedestres e Ciclistas: existe uma passagem para que pedestres e ciclistas possam atravessar a via em segurança. A passarela é acessada pelo portão de entrada do estacionamento. A Fundação também dispõe de um bicicletário, localizado nos fundos do prédio.

Site: www.iberecamargo.org.br

Fanpage: www.facebook.com/fundacaoiberecamargo

Instagram: @ f_iberecamargo

Visita virtual Google Artes & Culture – https://goo.gl/wYr75v

Exposições em cartaz

As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira

Exposição de fotografias de Jordi Burch

Curadoria: Veronica Stigger

Local: 4º andar

Período de exibição: de 16 de junho a 5 de agosto de 2018

Classificação indicativa: Livre

A exposição As Durações do Rastro – A fotografia de Jordi Burch frente à arquitetura de Álvaro Siza Vieira, do fotógrafo português Jordi Burch, traz uma série de 40 imagens que registram quatro conjuntos habitacionais da Europa projetados pelo arquiteto português Álvaro Siza – também autor do premiado projeto arquitetônico da Fundação Iberê Camargo. A mostra faz parte das comemorações dos 10 anos de construção do edifício sede da Fundação.

A série se originou de um convite que o artista recebeu para participar da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2016, no pavilhão de Portugal dedicado a Siza. A ideia era levar Burch e uma equipe de cinegrafistas para acompanhar a visita do arquiteto a conjuntos habitacionais projetados por ele, depois de muitos anos sem rever essas obras: no Bairro da Bouça (Porto/Portugal, 1973), no Campo di Marte, na Giudecca (Veneza/Itália, 1983), em Kreuzberger (edifício Bonjour Tristesse, Berlim/Alemanha, 1984), e no Schilderswijk West (Haia/Holanda, 1985). Para saber mais sobre a exposição, acesse o presskit aqui: https://goo.gl/U9in9x.

Exposição Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural

Curadoria: Iatã Cannabrava

Local: 2º e 3º andares

Período de exibição: de 19 de maio a 15 de julho de 2018

Classificação indicativa: Livre

A exposição Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural é composta por 144 obras, com destaque para quatro trabalhos recém-adquiridos e incorporados à mostra pela primeira vez: Florale, de Geraldo de BarrosOcaParque do Ibirapuera, de German Lorca; além de Composição e Sem Título, de Mario Fiori. Com curadoria do fotógrafo e pesquisador Iatã Cannabrava, a mostra soma trabalhos de 33 artistas renomados, com foco em suas participações no Foto Cine Clube Bandeirante, em particular, e na importância de suas obras no movimento modernista para a cultura e identidade brasileiras.

De caráter itinerante e sempre com diferentes recortesModerna para Sempre começou a circular em 2010, quando foi apresentada, também em Porto Alegre, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS). De lá para cá, seguiu por mais 11 cidades brasileiras – Fortaleza, Belo Horizonte, Belém, Ribeirão Preto, São Paulo, Santos, Recife, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Vitória. No exterior, a mostra esteve em Assunção, no Paraguai, Cidade do México, no México, e Lima, no Peru. A exposição que chega agora na Fundação Iberê Camargo tem cerca de 50% de obras que nunca foram expostas em Porto Alegre. Para release completo, texto curatorial, lista de obras e legendas, acesse: https://goo.gl/YwnXwW.

 

Por: Adriana Martorano