Morreu na tarde desta segunda-feira (27) em Porto Alegre o tradicionalista Paixão Côrtes. Ele estava internado no Hospital Ernesto Dornelles. A instituição confirmou que o óbito aconteceu às 16h05, mas não informou a causa.
O tradicionalista estava na UTI do hospital, se recuperando de complicações após uma cirurgia. Em julho, ele sofreu uma queda e fraturou o fêmur de uma das pernas.
Paixão Côrtes é um dos maiores nomes do tradicionalismo no Rio Grande do Sul. Ele serviu de modelo para a estátua do Laçador, monumento que homenageia o gaúcho na entrada da cidade de Porto Alegre. O governo do Rio Grande do Sul decretou luto oficial de três dias. O velório será realizado no Salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini, em Porto Alegre, em horário a ser informado.
Paixão é um personagem decisivo da cultura gaúcha e do movimento tradicionalista no Rio Grande do Sul, do qual foi um dos formuladores, juntamente com Luiz Carlos Barbosa Lessa e Glauco Saraiva. Nas décadas de 1950 e 1960, Paixão Côrtes se apresentou na Europa, em locais como o Teatro Olympia de Paris, o palco da Universidade de Sorbonne, também na capital francesa, e na Feira Mundial de Transportes e Comunicação, em Munique, na Alemanha. Em 1964, foi premiado como o Melhor Cantor Masculino de Folclore do Brasil.
Junto com Barbosa Lessa, Paixão Côrtes resgatou as tradicionais gaúchas ‘Chimarrita-balão’, ‘Balaio’, ‘Maçanico e Quero-Mana’, ‘Tirana do Lenço’, ‘Rilo’, ‘Xote Sete Voltas’, ‘Xote Inglês’, ‘Xote Carreirinha’, ‘Vaneira Marcada’, ‘Tatu e Pezinho’, que foram gravadas por Inezita Barroso.