No próximo domingo, 9 de setembro, o Cine Iberê apresenta mais uma edição do especial cinema mudo com música ao vivo, com o compositor e multi-instrumentista Vagner Cunha e participação especial do violinista Moisés Bonella Cunha, executando ao vivo a trilha sonora para o filme mudoEntr’acte, de René Clair, realizado em 1924. Excepcionalmente, serão apresentadas duas sessões: às 16h e às 17h. As sessões são gratuitas e integram o programa Silêncio em Movimento – cinema mudo com música ao vivo – atividade paralela às exposições Iberê Camargo: formas em movimentoe Caixa Preta. A curadoria do Cine Iberê é de Marta Biavaschi.
Entr’acte é uma obra-prima do cinema da vanguarda dos anos 20. O filme foi realizado para ser exibido no intervalo do ballet Relânche, do Ballet Suédois, em Paris, com cenários do pintor dadaísta Francis Picabia, e música de Erik Satie, executada ao vivo. Entr’acte é um filme dadaísta – movimento que negava a razão através de expressão do absurdo -, com sobreposições de imagens, articulações de montagem como uma colagem, uma fotomontagem, e alterações de velocidade ralentando ou acelerando os movimentos das personagens, deslocando-os do sentido real da imagem. No elenco, protagonistas da efervescente cena artística de Paris daquela época: Francis Picabia, Marcel Duchamp, Man Ray Jean Börlin, Inge Frïss, Darius Milhaud e Erik Satie.
Para a exibição no Cine Iberê, a trilha sonora foi especialmente composta pelo compositor, arranjador e multi-instrumentista Vagner Cunha, que atua nos mais diversos estilos na cena musical contemporânea. Várias orquestras e grupos de câmara brasileiros estrearam suas composições, entre elas destacam-se o Concerto Para Violino No 1, o Concerto para Piano e Orquestra Sinfônica, Ballet Mahavidyas – executado e gravado pela Orquestra de Câmara Teatro São Pedro e coreografado por Carlota Albuquerque, o Concerto para Viola e Orquestra – encomendado em 2012 pela OSESP e estreado no mesmo ano na Sala São Paulo, além de diversas composições orquestrais premiadas pela Bienal de Música do Rio de Janeiro como Aleph – estreada pela Orquestra Petrobras naquela cidade. Vagner também compôs trilhas musicais para dezenas de filmes e projetos audiovisuais, além de músicas orquestrais didáticas, dedicadas à formação de jovens instrumentistas. Sua obra autoral está em discos Mahavidyas (2008), Além (2012), Variações São Petersburgo (2016), Vagner Cunha convida Guinga (2017), Los Orientales (2017), Concerto para Violão de 7 cordas e orquestra com Yamandu Costa (2017), além de dois discos dedicados a poemas de Antonio Meneghetti, interpretados pela Camerata Ontoarte e Carla Maffioletti (2015 e 2017). Recebeu sete vezes o Prêmio Açorianos e, em 2011, o Prêmio FUNARTE de Composição. Atualmente é diretor musical da Camerata Ontorte Recanto Maestro – para a qual compõe regularmente em diversas formações camerísticas – e dedica-se às apresentações da Ópera O Quatrilho, composição de sua autoria, com libreto de José Clemente Pozenato.
René Clair (1898-1981) é um cineasta francês com inventiva e sólida filmografia, reconhecida mundialmente. Suas obram revelam uma mescla de humor popular com ironia intelectual. No período silencioso, realizou os filmes Paris qui dort (1923), Entr’acte (1924). Um dos primeiros realizadores a utilizar o som de modo expressivo na história do cinema, entre seus filmes sonoros, destaca-se: Sous les toits de Paris (1930), Le Million (1930), À nous la liberté! (1931), Quatorze juillet (1932), Le Dernier Milliardaire (1934), The Ghost Goes West (1936), Happened Tomorrow (1943), Le Silence est d’or(1947), Les Belles de nuit (1952) e Les Grandes Manoeuvres (1955).
A Fundação Iberê Camargo tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, IBM, Oleoplan, Agibank, BTG Pactual, Banrisul e apoio SLC Agrícola, Sulgás e DLL Group, com realização e financiamento do Ministério da Cultura / Governo Federal. Hotel oficial: Ibis Styles Porto Alegre. Serviços de tradução: Traduzca. Patrocinador do projeto Iberê nas Praças: Corsan – Companhia Riograndense de Saneamento.
Serviço
Cine Iberê – Cinema mudo com música ao vivo
Domingo, 9 de setembro – Entr’acte, de René Clair (20 min, 1924, França) – música composta e executada ao vivo por Vagner Cunha, com participação de Moisés Bonella Cunha
Sessões às 16h e às 17h | Entrada franca por ordem de chegada | Classificação indicativa: livre
Local: Auditório BTG Pactual
Endereço: Fundação Iberê Camargo – Avenida Padre Cacique, 2000
Visitação: sábados e domingos, das 14h às 19h (último acesso às 18h45min). De quarta a domingo, a Fundação Iberê Camargo também atende a grupos agendados. Para fazer um agendamento, basta ligar para o Programa Educativo – 51 3247 8000
ENTRADA FRANCA
Como chegar:
A Fundação Iberê dispõe de estacionamento pago, operado pela Safe Park.
As linhas regulares de lotação que vão até a Zona Sul de Porto Alegre param em frente ao prédio, assim como as linhas de ônibus Serraria 179 e Serraria 179.5. É possível tomá-las a partir do centro da cidade ou em frente ao shopping Praia de Belas. O retorno pode ser feito a partir do Barra Shopping Sul, por onde passam diversas linhas de ônibus com destino a outros pontos da cidade.
Pedestres e Ciclistas: existe uma passagem para que pedestres e ciclistas possam atravessar a via em segurança. A passarela é acessada pelo portão de entrada do estacionamento. A Fundação também dispõe de um bicicletário, localizado nos fundos do prédio.
Site: www.iberecamargo.org.br
Fanpage: www.facebook.com/fundacaoiberecamargo
Instagram: @ f_iberecamargo
Visita virtual Google Artes & Culture – https://goo.gl/wYr75v
Exposições em cartaz
Iberê Camargo: formas em movimento
Artista: Iberê Camargo
Curadoria: equipes do Acervo e Programa Educativo
Local: 3º e 4º andares
Período de exibição: de 18 de agosto a 7 de outubro de 2018
Classificação indicativa: Livre
De 18 de agosto a 7 de outubro, a exposição Iberê Camargo: formas em movimento reúne obras do artista e apresenta um recorte panorâmico de sua produção por meio de eixos temáticos que acompanham sua trajetória, desde seus desenhos de criança até as obras mais expressionistas dos anos 1980 e 1990. Organizada pelo Acervo em conjunto com o Programa Educativo da Fundação, a mostra traz cerca de 80 obras – muitas delas expostas na Fundação pela primeira vez – quedemonstram a versatilidade e de Iberê e a potência de sua obra. Apoiada em um amplo projeto educativo – que estabelece uma concepção expandida de curadoria, alicerçada em uma dinâmica colaborativa e interativa – a exposição permite que o público dialogue com o espaço expositivo, que será transformado em ateliê. Está prevista uma intensa programação de atividades paralelas, como oficinas, seminários e cursos com diferentes linguagens e diferentes idades e propostas, Serão duas ou mais atividades por dia aos finais de semana, que contemplam crianças, adolescentes, adultos e famílias. Para saber mais, acesse o presskit: https://goo.gl/ek6Q12
Caixa Preta
Artistas: Alfi Vivern | Augusto de Campos e Julio Plaza | Caio Fernando Abreu | Carlos Augusto Lima | Carlos Fajardo | Carlos Zilio | Chelpa Ferro | Daniel Jacoby | Daniel Nasser | Dirnei Prates | Eliseu Visconti | Fabiana Faleiros | Fernando Corona | Eva e Franco Mattes | Frederico Filippi | Gabriela Greeb e Mário Ramiro | Gilberto Perin | Guilherme Peters e Roberto Winter | Iberê Camargo | Jac Leirner | Jeronimus Van Diest | Jordi Burch | José Marchand Assumpção | Kevin Simón Mancera | Letícia Lopes | Manabu Mabe | Marília Garcia | Mauro Restiffe | Nuno Ramos | Oscar Niemeyer | Pedro Motta | Pedro Victor Brandão | Rafael Borges Amaral | Regina Parra | Rodrigo Matheus | Runo Lagomarsino | Telmo Lanes e Rogério Nazari | Waltercio Caldas | Wilfredo Prieto
Curadoria: Bernardo José de Souza, Eduardo Sterzi, Fernanda Brenner e Veronica Stigger
Local: 2º andar
Período de exibição: de 18 de agosto a 14 de outubro de 2018
Classificação indicativa: Livre
Com curadoria de Bernardo José de Souza, Eduardo Sterzi, Fernanda Brenner e Veronica Stigger, a coletiva Caixa Preta apresenta, de 18 de agosto a 14 de outubro, obras de cerca de 40 artistas – entre fotógrafos, poetas, arquitetos, cineastas e artistas visuais – como Augusto de Campos, Júlio Plaza, Carlos Fajardo, Eliseu Visconti, Chelpa Ferro, Iberê Camargo, Manabu Mabe, Mauro Restiffe, Nuno Ramos, Oscar Niemeyer e Waltercio Caldas. Usando como metáfora a caixa-preta dos aviões – que registram importantes informações que antecedem um momento crítico, ao mesmo tempo em que guardam outras informações banais –, a exposição reflete sobre a relação entre arte e mundo, entre algumas obras de arte e o atual momento político do país e do mundo, mas também entre essas obras e o sistema das artes. Dessa forma, a exposição reúne “caixas-pretas” muito singulares, a serem localizadas, abertas, interpretadas e reinterpretadas. Os curadores pesquisaram e investigaram diversas coleções e acervos, públicos, privados e pessoais, na busca por elementos sem visibilidade, de interesse relativo ou simplesmente esquecidos, no intuito de aprofundar questões presentes nas muitas “caixas-pretas” com as quais convivemos, sejam elas de teor histórico, acadêmico ou artístico.
A exposição conta com uma série de atividades paralelas, como o Seminário Sobre acidentes e caixas-pretas do passado, do presente e do futuro, em que historiadores, engenheiros, filósofos e outros especialistas analisam as relações entre arte, política, ciência e história. Para saber mais, acesse o presskit: https://goo.gl/ogHjJq.
Por: Adriana Martorano