No dia em que completou 28 anos, Ed Sheeran foi quem presenteou o público gaúcho com uma das apresentações mais românticas que a capital já viu. Mais de 40 mil pessoas foram à Arena do Grêmio para assistir o show que faz parte da turnê Divide.
O relógio marcou 21h e os olhares estavam fixos no palco e, assim que Ed Sheeran surgiu, veio à explosão de gritos e pulos eufóricos. “Castle on the Hill”, do álbum ‘÷’ (Divide, 2017), foi a escolhida para abrir a apresentação.
Em seguida, antes de “Eraser”, na primeira interação com o público, Sheeran disse que estava muito feliz de estar pela primeira vez em Porto Alegre e poder comemorar seu aniversário conosco. Depois de “The A Team”, do trabalho de estreia ‘+’ (plus, 2011), a plateia homenageou Ed cantando parabéns em português.
Na sequência teve “Don’t”, do álbum ‘x’ (multiply, 2014), “New Man”, “Dive” e “Bloodstream”. Mais uma vez, a plateia, composta por pessoas de diversas faixas etárias, de crianças e adolescentes até jovens adultos, cantou todas as músicas a plenos pulmões.
Sheeran tem um pedal de looper gigante com o nome “Chewie II” impresso, que grava e reproduz sua voz em diferentes tons, dedilhados, riffs, batuques no violão. A sobreposição de camadas faz o cantor se multiplicar. De tão simpático, ele chegou a explicar para a plateia como funcionava e deu alguns exemplos.
Os hits foram deixados para o final, “Thinking Out Loud”, sucesso do álbum ‘x’ e que já vendeu mais de 10 milhões de cópias, foi o primeiro. A sequência teve “Photograph”, que arrancou suspiros e lagrimas do público, assim como em “Perfect”.
“Nancy Mulligan”, uma das canções menos conhecidas do ‘÷’, deu uma quebra no momento romântico. “Sing”, hit composto por Sheeran e Pharrell Wiliams, foi a escolhida para encerrar a primeira parte da apresentação.
Na volta, com balões no palco, Ed Sheeran surgiu com uma camiseta do Brasil, levando o público ao delírio. Sem delongas, ele começou a tocar “Shape of You”, uma das canções mais tocadas de 2017. Agora com um chapéu de aniversário, o britânico mostrou “You Need Me, I Don’t Need You”, usando todo poder do pedal de looper e encerrando a apresentação com muita euforia.
Ed Sheeran apresentou um show bem interativo, mas pouco enérgico, como já era esperado. O músico mostra todo seu talento tocando sozinho e fazendo as bases ao vivo. Outro fator importante para a apresentação ter sido um sucesso, foi a estrutura do palco, com telões que projetava imagens e cores sensacionais, e partes que se moviam durante algumas canções.
A Divide Tour, que já passou por seis continentes, segue para Montevidéu (20) e depois desembarca em Buenos Aires (23). Está foi a primeira vez de Ed Sheeran em Porto Alegre e a terceira no Brasil.
SHOW DE ABERTURA COM PASSENGER
O músico Michael David Rosenberg, mais conhecido por seu nome artístico Passenger, surpreendeu a todos com sua voz quando subiu ao palco e cantou “Fairytales & Firesides”.
Passenger demonstrou muita personalidade e soube interagir com a plateia que estava na Arena do Grêmio para assistir outra pessoa. Antes de tocar “Life’s For The Living”, ele brincou: “Tenho apenas uma música conhecida, e a tocarei 7 vezes está noite” – disse o cantor.
Sua voz rouca ainda deu um tom mais melódico e country para a música “The Sound of Silence”, da dupla Simon & Garfunkel. O ápice da interação e simpatia do músico foi quando ele tocou “I Hate” e fez toda Arena cantar o refrão (La, la, la, la, la, La) e gargalhar com alguns versos, por exemplo neste: “Eu odeio pessoas ignorantes, que pagam dinheiro para ver shows”.
A canção mais conhecida, “Let Her Go” (que Passenger falou que tocaria 7 vezes), foi executada apenas uma vez e foi acompanhada pelas 40 mil pessoas presentes na Arena do Grêmio. O hit lançado em 2012 segue atual e emocionando o cantor, que não escondeu os olhos lacrimejados.
Passenger volta ao Brasil no dia 10 de março, em São Paulo, para apresentar a turnê do álbum ‘Runaway’, lançado em agosto do ano passado.
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Fotos: Tony Capellão/No Palco