A banda Molho Negro vem a Porto Alegre no dia 9 de março, para o show de lançamento do álbum “Normal”, lançado em novembro de 2018. O grupo de Belém (Pará) vai se apresentar no espaço Anexo 231, durante a programação do Audiocore Festival.
‘Normal’ é o terceiro disco da carreira do Molho Negro. Nele, o pop, os refrões e a melodia insistem em meio às guitarras combinadas às letras objetivas, críticas e irônicas. Sucessor de ‘Não É Nada Disso Que Você Pensou’ (2017), o trabalho chegou pelo selo Flecha Discos e teve produção assinada por Gabriel Zander.
No repertório, o novo álbum é apresentado ao vivo pelo trio composto por João Lemos (voz, guitarra), Raony Pinheiro (baixo) e Augusto Oliveira (bateria). Faixas como “Novo Rosto“, “Primeiro Verso” e “O Jeito de Errar” estão garantidas. Faixas do antecessor de ‘Normal’ também fazem parte do setlist.
Confira a entrevista com João Lemos, vocalista e guitarrista da Molho Negro:
– Está será a segunda vez da Molho Negro em Porto Alegre. Qual é a expectativa para o show?
A melhor possível, tivemos a sorte de tocar a primeira vez junto do Oh Sees no Agulha e voltar agora depois de pouco tempo vai ser muito legal com certeza.
– 2019 será um grande ano para vocês, tem até Lollapalooza na agenda. Como está sendo essa experiência? Tem alguma surpresa para este ano?
Bem, estamos trabalhando bastante pra que 2019 seja um ano legal pra banda, é bem provável que durante o ano tenha novidades sim não só de shows e turnês, mas derreteste de lançar alguma coisa nova também.
– Como foi surgir no cenário do rock na cidade de Belém, que não é um dos maiores do país?
É uma cidade com um dos cenários musicais mais impares do país, pra gente é um privilégio surgir no meio de um lugar tão diversificado, sobre o rock em si eu acredito que a dificuldade foi semelhante a de muitos lugares pelo brasil, público envelhecido, acostumado com cover e pouca circulação de dinheiro no cenário como um todo.
– O som do álbum ‘Normal’ segue a mesma linha que o garage rock do Royal Blood, por exemplo. Eles se inspiraram no Metallica, e vocês, quais são as principais referências?
Pra não me perder citando mil nomes eu vou me restringir a 3 que tenho ouvido bastante, Dinosaur Pile-Up, FIDLAR e o Zefirina Bomba.
– Como foi o processo de composição e gravação do ‘Normal’?
Pela primeira vez lançando um disco por um selo, isso por si só já foi legal, mas o processo junto com a produção do Gabriel Zander foi tranquilo e bem produtivo, tivemos tempo de usar o estúdio Costella não só pra gravar mas como também ensaiar e compor algumas coisas, isso ajudou bastante.
– Qual é o papel de uma banda nova no cenário em relação ao desmonte da cultura no país? Há esperança de dias melhores?
Fazer cultura hoje no Brasil é carregar a responsabilidade de crer na esperança de dias melhores, e o nosso papel é construir isso, a arte por si só as vezes não tem capacidade de alterar o curso das coisas, mas ela pode motivar as pessoas a buscarem isso.