O cantor Milton Nascimento emocionou mais de três mil pessoas que lotaram o Auditório Araújo Vianna na noite da última sexta-feira (25) com o show que revista o movimento Clube da Esquina, deflagrado por artistas mineiros no começo da década de 1970, do qual ele foi o grande pilar.
No belo espetáculo, Milton interpretou canções marcantes de sua obra, como “Tudo Que Você Podia Ser”, “O Trem Azul”, “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “Nada Será Como Antes” e “Maria, Maria” registradas nos álbuns ‘Clube da Esquina’ (1972) e ‘Clube da Esquina 2’ (1978).
Sob a direção artística de seu filho Augusto Nascimento, o cenário do show tem como destaque a pintura criada pela dupla de grafiteiros paulistanos Os Gêmeos, que remeteu à foto icônica da capa do álbum ‘Clube da Esquina’.
Durante a apresentação, Milton contou histórias, relembrando companheiros do movimento, como Lô Borges — a quem foi dedicado o espetáculo —, Márcio Borges, Fernando Brant e Ronaldo Bastos e também a mãe de criação, Lilia, a quem dedicou uma canção instrumental homônima.
A banda é formada por Wilson Lopes (voz e violão), Alexandre Ito (baixo), Ademir Fox (piano), Widor Santiago (sax e flauta), Lincoln Cheib (bateria) e Ronaldo Silva (percussão). A boa surpresa é o jovem cantor Zé Ibarra, vocalista da banda carioca Dônica, que brilhou fazendo backing vocals, tocando violão e solando.
Ter Milton Nascimento cantando durante duas horas e relembrando composições engajadas de um dos maiores álbuns da música mundial, é um privilégio único e imperdível. No final da apresentação, a plateia cantou parabéns para Bituca (apelido do cantor), que completa 77 anos neste sábado (26).