Neil Peart, baterista e letrista da banda canadense Rush, morreu na terça-feira passada, dia 7 de janeiro, em Santa Mônica, na Califórnia, aos 67 anos. A informação foi confirmada pelo porta-voz da família, Elliot Mintz. Segundo ele, a causa foi um câncer no cérebro, contra o qual o músico lutava havia três anos e meio.
Um dos maiores e mais criativos bateristas da história do rock, Peart era dono de um estilo exuberante e preciso. Ele dizia que seu grande herói no instrumento era Keith Moon, baterista do The Who. Mas, em termos técnicos, Peart foi muito além do músico que o influenciou.
Em 1974, ele juntou seu talento aos do baixista, tecladista e cantor Geddy Lee e do guitarrista Alex Lifeson. Juntos, formaram o Rush, um power trio de musicalidade variada e monumental. A batida de Peart ajudou a perpetuar clássicos como “Tom Sawyer” e a longuíssima “2112”. Apesar do conhecimento técnico, o baterista era autodidata. No tempo livre, ele se dedicava à literatura.
Em um comunicado publicado na tarde desta sexta-feira, dia 10, Lee e Lifeson chamaram Peart de “amigo, irmão da alma e companheiro de banda por mais de 45 anos” e disseram que ele era “incrivelmente corajoso” em sua batalha contra o glioblastoma, uma forma agressiva de câncer no cérebro.
“Pedimos que amigos, fãs e mídia respeitem a necessidade de privacidade e paz da família neste momento extremamente doloroso e difícil”, disseram Lee e Lifeson. “Aqueles que desejam expressar suas condolências podem escolher um grupo de pesquisa ou caridade de sua escolha e fazer uma doação em nome de Neil Peart. Descanse em paz, irmão”, conclui o comunicado.
“Neil é o baterista com mais bateria de todos os tempos”, disse à revista “Rolling Stone” o ex-baterista da banda The Police, Stewart Copeland. “Neil instiga o Rush, que tem muita musicalidade, muitas ideias acumuladas a cada oito compassos. Mesmo assim, ele mantém a pulsação, o que é importante.”