Norah Jones lança “Pick Me Up Off The Floor”, seu sétimo álbum solo

A cantora Norah Jones, premiada nove vezes pelo Grammy, lançou nesta sexta-feira, dia 12, o álbum “Pick Me Up Off The Floor”, seu sétimo projeto solo. O disco traz 11 novas canções escritas pela cantora e contou com colaborações de artistas como Jeff Tweedy e Brian Blade.

A princípio, Norah Jones não tinha planos para um novo álbum. Depois do fim da turnê de “Day Breaks”, álbum lançado pela artista em 2016, que marcou seu retorno glorioso ao piano, ela decidiu se afastar do ciclo já desgastado de lançamentos de álbuns e adentrou um território novo e livre de fronteiras: uma série de sessions em colaboração com uma variada gama de artistas, que resultou em diversos singles ao lado de nomes como Mavis Staples, Thomas Bartlett, Tarriona Tank Ball, o brasileiro Rodrigo Amarante e outros.

E então, de forma lenta, mas definitiva, as canções fruto desses encontros acabaram convergindo exatamente naquilo que Norah Jones buscava evitar: um álbum. Mas “Pick Me Up Off The Floor” não é uma colagem desconexa, tudo se liga perfeitamente conectado pelo groove certeiro dos trios para piano de Norah, letras que confrontam a perda e anunciam a esperança e um mood sombrio, que se inclina em direção à escuridão antes de encontrar a luz.

Em cada session que eu fiz, houve canções extra que não lancei. Eu passei os últimos dois anos ‘colecionando’ essas faixas e acabei me encantando por elas. Eu tinha as versões brutas dessas músicas no meu celular e as ouvia enquanto passeava com o cachorro. As canções ficavam presas na minha cabeça e eu percebi que elas eram atravessadas por um fio surreal. É algo como um sonho delirante que se passa em algum lugar entre Deus, o diabo, o coração, o país, o planeta e eu”, declarou Norah Jones sobre o novo projeto.

Certamente, da mesma forma que esse conjunto de faixas mescla vários estilos musicais, como bluessoul e vários elementos do jazz, ele também se combina a questões relacionadas a dores específicas, políticas e pessoais e traumas sociais, formando um corpo consistente.“Viver nesse país, nesse mundo, nos últimos anos, eu acho que há um senso básico de ‘Me levante. Vamos nos erguer e sair dessa bagunça e tentar compreender algumas coisas’. Se há algo sombrio nesse álbum, não é para ser uma sensação de destruição iminente, é mais relacionado ao desejo humano por conexões. Algumas das músicas que são muito pessoais também se aplicam às questões mais amplas que estamos enfrentando. Da mesma forma, algumas das canções que dizem respeito a questões mais gerais, também soam bem pessoais”, explicou a artista.

Viver nesse país, nesse mundo, nos últimos anos, eu acho que há um senso básico de ‘Me levante. Vamos nos erguer e sair dessa bagunça e tentar compreender algumas coisas’. Se há algo sombrio nesse álbum, não é para ser uma sensação de destruição iminente, é mais relacionado ao desejo humano por conexões. Algumas das músicas que são muito pessoais também se aplicam às questões mais amplas que estamos enfrentando. Da mesma forma, algumas das canções que dizem respeito a questões mais gerais, também soam bem pessoais”, explicou a artista.

Não sei se eu apenas estava em um lugar diferente ou se todo o processo ativou isso em mim, mas eu me senti mais criativa no último ano do que nunca”, disse a artista. Após repensar completamente a forma como faz música, Norah Jones descobriu novas fontes de inspiração, que resultaram em um álbum tremendamente profundo e belo, sem que ela tentasse fazê-lo.

Ouça o álbum na integra: