Bebeto Alves lança exposição fotográfica

A nova mostra fotográfica intitulada Escatologia, do artista visual, fotógrafo e músico Bebeto Alves, ganha abertura em ambiente online, na sexta-feira (28), a partir das 19h. A exposição associa elementos da HQ e do cinema, e traz uma desconstrução das próprias fotografias, compondo uma narrativa distópica que redimensiona as perspectivas da vida em sociedade. As imagens foram captadas pelo próprio artista em skylines de Roma, Paris, Boston, Belém, Ilha de Marajó, São Paulo, Rio de Janeiro e São Leopoldo, em períodos variados.

Após a captação, as fotografias vêm sendo trabalhadas de forma exaustiva e reprocessadas em plataformas de arte digital por Bebeto para traduzir o impacto de decomposição e destruição da distopia. “Há um apelo para a ficção científica”, revela o artista. A exposição reúne 30 fotografias exibindo lixões, pátios de sucata e ambientes produzidos especialmente para a mostra. De acordo com Bebeto, o projeto expositivo reflete um desabafo dos últimos meses, devido à situação política e social do Brasil e à pandemia provocada pelo novo coronavírus. 

A ideia inicial era ampliar as imagens em grandes painéis para impactar o público. “Em função da pandemia, a mostra abre sua potência à realidade virtual”, afirma. A exposição tem apoio da Fundação Ecarta e pode ser conferida até 27 de setembro em https://balvesphoto.46graus.com

Um pouco mais sobre o artista:Bebeto Alves (Uruguaiana/1954) – há 11 anos integra a cena das artes visuais no sul do Brasil e vem desenvolvendo e propondo novas formas de se trabalhar a fotografia. Conta com obras nos acervos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (Macrs) e em coleções de particulares. Ao lado do artista Antônio Augusto Bueno trouxe o Voo da Pedra, projeto que amplia os limites entre as linguagens do desenho e da fotografia. Além de artista visual e fotógrafo, é compositor com quase 30 discos lançados e canções gravadas por Ana Carolina, Belchior, Ednardo, Kleiton e Kledir, Antonio Villeroy e Tânia Alves. 

Por: Renatha Morés