“Ei, agora é a minha vez!” – disse o artista, em alto e bom som, aos tantos outros que cabiam dentro de si e acabavam sempre tomando decisões meticulosamente premeditadas a respeito de seus planos e desejos. Usando e abusando da metáfora, foi assim que tudo aconteceu e permitiu que se abrisse tempo/espaço para colocar o sonho tão sonhado em prática: lançar um disco. E depois de algumas idas e vindas, o esperado momento chegou. No próximo dia 18 de dezembro, o cantor e compositor Luciano Kunzler lança seu primeiro álbum – “Porto”, em todas as plataformas digitais.
O disco, que reúne parte de suas composições – escolhidas a dedo para este lançamento, é resultado de uma relação muito antiga e próxima de Kunzler com a Música. Relação esta, sempre permeada por outras vocações que também fazem parte de sua construção como indivíduo e como artista. Tendo atuado na área publicitária durante anos e agora envolvido também no universo do Direito Tributário, o compositor precisou passar por todas estas etapas transitórias para, finalmente, se sentir seguro de resgatar as canções guardadas na gaveta e apresentá-las ao mundo. – “Precisei deste tempo e desta maturidade para me conhecer, me permitir, e me reconhecer múltiplo. Entendendo que não precisamos ser necessariamente só uma coisa na vida e que não dá para ficar adiando eternamente as coisas que você quer e precisa fazer. Foi assim que este disco se tornou possível”, contou.
Contendo dez faixas, todas autorais – incluindo composições de 1999 a 2016, “Porto” aborda as reflexões sobre as relações, as buscas mais íntimas e coletivas, e as emoções e esperanças que, mesmo particulares, acabam sendo sentimentos comuns a todos. A proposta do disco é refletir esta alma incansavelmente curiosa do artista, que foi criado em um mundo analógico e que tem que se reinventar no mundo digital cheio de referências, impressões e questionamentos. – “A ideia é exatamente a de um “porto”, local de embarque e desembarque, de encontro e transição, onde se busca refúgio e se parte em para a aventura. É o meu porto, ponto de partida da minha já fantástica jornada artística!”, explicou.
A concepção do disco começou em 2016, a partir de um convite feito por dois grandes amigos – o músico Eduardo Pitta e o produtor Marcelo Granja que, na época, estavam lançando um projeto de gravadora e aproveitaram uma transição de saída de Kunzler do meio publicitário, para fazerem a proposta de reunir suas composições e tornarem a ideia de um disco real. O trio fez uma minuciosa seleção de músicas de sua preferência e começou a gravar guias das candidatas a serem gravadas. Selecionaram oito dentre as várias composições e as duas restantes, que completariam o disco, foram escolhidas por Kunzler – “Pelas Ruas”, música escrita em homenagem a avó, Marli Viana, que foi cantora de rádio, e “Estado de Sítio”, tema preferido de seus pais que sempre foi cantada em casa e tinha este grande valor pessoal. A partir daí, começaram a desenhar quem seriam os músicos participantes e todo roteiro artístico do projeto.
Gravações
O processo de gravação correu entre 2017 e 2019 e, já em 2020, foram feitas as mixagens e masterização com a chegada da pandemia e de um modo mais remoto. A escolha das participações especiais e dos músicos que comporiam o álbum foi feita a partir da relação próxima e afetiva do compositor com grandes músicos da cena artística de Porto Alegre. Participaram do disco: o músico e compositor Marcelo Delacroix, a cantora Nani Medeiros, o músico Lico Silveira, o compositor Zelito e o cantor Carlinhos Carneiro. O disco conta ainda com o grande apoio do baterista Diego Silveira, da cantora Jéssica Berdet e do músico Eduardo Pitta, presenças fundamentais que auxiliaram na concepção da produção. No time forte de músicos que participaram das gravações, estão Elias Barbosa (no bandolim), Luciano Leães e Lucio Dorfman (nos órgãos e pianos), Giovanni Berti (na percussão), Luciano Granja (nas guitarras), Mathias Pinto (no violão 7 cordas), e o Conjunto Bluegrass. A produção ficou a cargo de Marcelo Granja.
Mesmo sabendo que o lançamento não poderá contar com um grande show de lançamento como havia imaginado, por conta da pandemia que arrebatou muitos projetos e sonhos no ano de 2020, Kunzler espera que o disco traga ao público uma sensação de que é possível seguir em frente – “Senti com força que precisava lançar este disco ainda em 2020. Será libertador e trará mais sentido para tudo. Mostra que é possível seguirmos adiante, abrir novas frentes e avançar, apesar de tudo”, salientou. Ainda sobre o que espera que “Porto” possa causar coletivamente, ele ressalta: “Acredito que uma das mensagens mais fortes que o disco pode passar é que a gente não tenha medo de mergulhar e se perder em nós mesmos, de nos conhecermos, nos reconhecermos, e de nos deixarmos levar pela música ao sabor das palavras, do vento e das melodias. Que a gente feche os olhos e aproveite! Ninguém além de nós está vendo”.
SERVIÇO:
O QUÊ: Luciano Kunzler lança “Porto” em todas as plataformas digitais
QUANDO: 18 de dezembro
ONDE: Plataformas digitais
FOTO: Christian Jung
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Patuá Conteúdo Criativo
FICHA TÉCNICA
As faixas e os intérpretes do disco
1. Andarilho – Luciano Kunzler e Marcelo Delacroix
2. Tempestade em copo d’água – Luciano Kunzler
3. Porto – Luciano Kunzler
4. E eu não posso me estressar – Luciano Kunzler
5. Pelas ruas – Nani Medeiros
6. Nunca mais vou deixar o samba por você – Luciano Kunzler
7. Na minha janela de frente pro mar – Lico Silveira
8. Estado de sítio – Luciano Kunzler e Zelito
9. Os caras da polícia – Carlinhos Carneiro
10. Pelo ar – Luciano Kunzler
Por: Camila Sequeira