Além dos 17 espetáculos nacionais que serão transmitidos gratuitamente entre 30 de setembro e 16 de outubro e das performances presenciais em Porto Alegre, o Palco Giratório Sesc 2021 realiza atividades formativas que promoverão encontros entre artistas de todo o país e representantes de coletivos de teatro, dança e circo do RS. Os bate-papos da série “Intercâmbios e Conexões” serão transmitidos pelo Zoom e estão com as inscrições gratuitas abertas, pelo site www.sesc-rs.com.br/palcogiratorio. As vagas são limitadas e destinadas tanto a pessoas que trabalham com cultura quanto ao público em geral.
As atividades têm como objetivo estabelecer um espaço para trocas de experiências e trajetórias na linguagem, perspectivas de atuação e estratégias de sobrevivência em tempos de pandemia e pós-pandemia. Serão abordados também temas presentes nas produções, como as questões de gênero e étnico-raciais. Entre os assuntos discutidos estarão danças indígenas da Amazônia, teatro de sombras, teatro para a infância e palhaçaria, além de pesquisas na área. Veja abaixo a programação completa das atividades formativas.
Reforçando a importância da continuidade e resistência e trajetória dos grupos de artes cênicas no Brasil, o Palco Giratório Sesc ocorre de 30 de setembro a 16 de outubro, com espetáculos transmitidos ao vivo de todas as regiões do Brasil e atividades formativas realizadas por meio de plataformas virtuais. Neste período, algumas atrações paralelas estão sendo planejadas para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Além disso, a partir de novembro o projeto terá continuidade nas Unidades do Sesc/RS, por meio de residências artísticas, debates e oficinas on-line. A programação de apresentações será composta por conceituados grupos da cena no País, que foram selecionados pela curadoria nacional para circulação em 2020, e por espetáculos e ações locais pontuais, mantendo a diversidade e pluralidade de propostas.
Mesmo em meio à pandemia, o Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac segue próximo da comunidade gaúcha. Seguindo as recomendações das autoridades e mantendo os cuidados com a saúde de todos, os serviços continuam sendo entregues e fizeram diferença na vida de milhares de pessoas em 2020, que passaram a ter à disposição alternativas virtuais de produtos e serviços. O portal www.pertodevc.com.br segue com programação on-line e gratuita em variadas áreas como: empreendedorismo, educação, esporte, saúde, cultura, lazer e ação social.
Palco Giratório 2021 – Ações formativas
Inscrições: são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.sesc-rs.com.br/palcogiratorio
Transmissão: Zoom
*As vagas são limitadas
01/10 (Sexta-feira)
19h às 20h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Vaga Carne: construções e desdobramentos
Grace Passô (MG) e Coletivo Pretagô (RS)
Sinopse: A partir da exibição do filme média-metragem Vaga Carne, dirigido por Grace Passô e Ricardo Alves Jr. e da apresentação da trajetória do Coletivo Pretagô, os profissionais estabelecem um diálogo sobre as suas construções, desdobramentos a partir de suas obras e perspectivas para novas possibilidades do momento.
03/10 (Domingo)
17h às 19h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Vaga Carne: Conversas sobre dramaturgias
Grace Passô (MG) e Coletivo do espetáculo A mulher arrastada (RS)
Sinopse: Encontro entre profissionais que, a partir de suas dramaturgias, trazem obras importantes e significativas para o cenário atual. Obras que incentivam as necessárias discussões sobre gênero e raça nesse país, abrem mais espaços para conversarmos sobre as violências impostas e escancaradas diariamente para todos nós.
04/10 (Segunda-feira)
17h às 19h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Das artes da cena e os povos indígenas
Garatuja de Artes Cênicas (AC) e Complô Cunhã (RS)
Sinopse: Ikuãni aborda a história do povo originário, os povos indígenas e toda a sura riqueza cultural, a necessidade de ampliar o olhar para os amazônida. A partir da mulher indígena Huni Kuin, é possível mostrar uma cultura que está sofrendo perdas, em todo território nacional. Terra Adorada é dirigido aos não-indígenas, faz uma denúncia sobre a situação dos povos indígenas no Brasil, partindo, especialmente, da violência contra as mulheres indígenas. Neste encontro, as atrizes/pesquisadoras, compartilham suas experiências para essas criações e suas vivências junto aos povos Huni Kuin, Kaingang e Guarani. É urgente e necessário que as culturas indígenas tenham visibilidade também nas artes cênicas.
06/10 (Quarta-feira)
17h às 19h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Teatro de sombras e os desafios da atualidade
Cia Lumiato Teatro de Formas Animadas (DF) e Cia Gente Falante (RS)
Sinopse: Quais são as questões que atravessam a produção de um espetáculo de teatro de sombras na atualidade e que nos conduzem a pensar como gerar sentido utilizando signos e símbolos e suas potencialidades na cena teatral. A transformação na criação de poéticas teatrais no teatro de sombras contemporâneo traz uma reconfiguração dos elementos que compõem a cena. A função do sombrista se modifica gerando novos desafios pela presença do corpo na cena e a incorporação da terceira dimensão no espaço cênico.
09/10 (Sábado)
17h às 18h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Ativar potências no e do corpo
Lume Teatro (SP) e Cia Espaço em Branco (RS)
Sinopse: O corpo é uma potência poética virtual a ser explorada em seu limite para uma possível atualização espetacular, e esse é o trabalho de base de toda a história de pesquisa do LUME: ativar potências no e do corpo em sua fronteira expressiva. Partindo desse locus perguntamos: Como pensar o corpo para além de suas cisões e funções utilitaristas? Como problematizar um corpo em arte em seu enlace político, ético e estético? Para compor o diálogo, a Cia. Espaço em Branco que trabalha no desenvolvimento poético e político do performer dando foco às infinitas possibilidades da presença. Mesclando o rigor técnico da preparação dos atores a uma constante experimentação do teatro em relação ao cinema, à performance artística e às artes visuais, criam espetáculos teatrais marcados pela experimentação.
19h às 21h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Compartilhamentos de pesquisas
Cia Nós do Bambu (DF) e Coletivo Pequenices: arte e educação (RS)
Sinopse: Pesquisa das possibilidades de interação entre corpos e diferentes formas, somando elementos de acrobacia, dança e teatro. Compartilhamentos de aprendizados, reflexões e desafios desta caminhada. O processo de criação de espetáculos, composição coreográfica, dramaturgia, hibridismo de linguagem, circo, relação com objeto e tecnologia.
10/10 (Domingo)
15h às 16h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Conversas de palhaços
Coletivo Circo a céu Aberto (RJ) e Cia Garagem de Teatro (RS)
Sinopse: Na eterna busca do querer ser palhaço, perder é ganhar, pois na aceitação da perda há uma potência, isto é, a sua graça. Vislumbrando o desejo de alcançar um bom nível de qualidade profissional, as perdas, para o palhaço, são ao mesmo tempo bagagem e estímulo para novas tentativas. Comédia física, expressão corporal, clownaria clássica… esses e outros recursos são acessados de modo a despertar a interação com o público. A metodologia é pensada ainda visando abrir espaço ao improviso, com participação direta da plateia e outras interferências.
17h às 19h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
História e memória
Lume Teatro (SP) e Usina do Trabalho do Ator (RS)
Sinopse: Conversas sobre memórias e inventividades O corpo, como espacialização do aqui-agora, ou seja, do presente, mantém uma relação intrínseca com o tempo. Ele é uma presentificação, uma atualização do passado acumulado e do futuro porvir. Corpo, portanto, como duração presente-passado-futuro num ponto afetivo. A memória-corpo é uma dinâmica espiral temporal in continuum. Memória é criação: o mundo se recria no corpo. É nesse corpo-memória virtualizada que as potências poéticas estão instaladas. Conversar sobre memória é falar sobre inventividades, sobre processos, sobre coletividades e crítica política.
11/10 (Segunda-feira)
17h às 19h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Continuidade e perspectivas
Grupo Bagaceira de Teatro (CE) e Teatro Ofídico (RS)
Sinopse: Os dois grupos participantes completam décadas de atividades sem interrupção, mas dentro de um cenário econômico incerto. O diálogo sobre esse tema vai em busca de uma reflexão de novas maneiras de financiamento, circulação e fruição do teatro de grupo no Brasil.
12/10 (Terça-feira)
18h às 20h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Conversas sobre dança
Casa 4 (BA) e Cia Ânima (RS)
Sinopse: Nos últimos anos, a Ânima Cia de Dança, uma das mais importantes companhias de dança do país, vem dedicando sua produção artística às questões relacionadas à mulher. Sobretudo nos três últimos trabalhos, aborda o tema através do protagonismo feminino, valendo-se deste como crítica social. Da mesma forma, o Coletivo Casa 4 se propõe a discutir sobre questões de gênero nas suas produções artísticas e também sua relação para com a construção de uma sociedade mais equitativa. Nesse diálogo, partem de compartilhamentos de suas pesquisas, trabalhos e trajetórias para potencializar espaços de debate que evidenciem a urgência da igualdade de gênero e essas discussões por toda a sociedade.
13/10 (Quarta-feira)
17h às 19h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
E o teatro para a infância?
Coletivo Preto (RJ), Coletivo Órbita (RS), Teatro Ateliê (RS) e Grupo Oazes (RS)
Sinopse: Neste encontro, quatro coletivos do Brasil que possuem pesquisas e trabalhos para a infância e juventude dialogam sobre as narrativas propostas nessa cena para a infância, sobre representatividade, sobre outras e necessárias possibilidades a serem compartilhadas com esse público.
19h às 20h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Novos diálogos sobre continuidade e perspectivas
Cia Bagaceira de Teatro (CE) e Grupo Oazes (RS)
Sinopse: Nesse diálogo entre o Grupo Bagaceira e agora com o Grupo Oazes, segue a reflexão sobre perspectivas, novas maneiras de financiamento, circulação e fruição do chamado teatro de grupo. Quais as possibilidades de continuidade no cenário atual.
14/10 (Quinta-feira)
16h – Debate Experimentos cênicos virtuais – Fábulas em trânsito
Caren Jeß (ALE) Hayline Vitoria da Rosa, Thiago Silva, Liliane Pereira, Michele Rolim
Sinopse: Como, o texto “Bookpink” da autora alemã Caren Jeß pode transitar em diferentes contextos territoriais e abrir assim infinitas possibilidades de encenação? Um debate sobre a universalidade das fábulas para criação de novas histórias e de como essas histórias podem estar acontecendo em qualquer lugar do mundo.
15/10 (Sexta-feira)
18h às 20h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Pesquisas, construções e diálogos
Coletivo Tanz (PB) e Cllã (RS)
Sinopse: Quais os elementos que formatam as pontes entre o público e os múltiplos sentidos de um espetáculo? Quais pontes podem e se estabelecem entre os coletivos? Profissionais da dança compartilham suas pesquisas, processos, perspectivas e análises do momento nesse encontro.
16/10 (Sábado)
17h às 18h – INTERCÂMBIOS E CONEXÕES
Fomento e difusão cultural, a importância da circulação de artes cênicas
Coletivo Órbita (RS), Luciano Malmann (RS), Coletivo Errática (RS) e A mulher arrastada (RS)
Sinopse: O encontro de grupos, profissionais que já participaram de projeto de circulação nacional, regional e de fomento para a produção de artes cênicas no país. Um momento de reflexão e diálogo sobre as perspectivas, expectativas e sobre a importância desses movimentos de difusão das artes para a cadeia produtiva e sensibilização de plateias.
Transmissão: Zoom
Por: Jéssica Meloo