Na noite da última sexta-feira (18), Porto Alegre matou as saudades de Frejat e de alguns dos maiores clássicos do rock brasileiro dos anos 80. No palco do Araújo Vianna, o ex-vocalista do Barão Vermelho apresentou 25 músicas durante quase duas horas de show. Se mostrando claramente feliz por estar de volta aos palcos após mais de dois anos afastado, devido à crise pandêmica que vivemos, o músico foi bastante comunicativo e interagiu diversas vezes com o público.
Entrando no palco por volta das 21:30, após apupos da já impaciente plateia que tomava todos os mais de 4 mil lugares do auditório, Frejat vestia um belo e reluzente paletó prateado que refletiam as cores da iluminação do cenário dando um efeito espetacular.
Com um repertório luxuoso do início ao fim, Frejat iniciou a apresentação em alto astral com as dançantes “Puro Êxtase” (1998), “Pense e Dance” (1988) e “Pedra, Flor e Espinho” (1992). Depois de dar boa noite e lembrar que este era o primeiro show aberto ao público que fazia em mais de 2 anos, ele mandou “Ponto Fraco” (1983) e “Ideologia” (Cazuza, 1988).
Depois de uma homenagem a Tim Maia com “Me dê Motivo”, uma sequência em que ele troca a guitarra pelo violão em “Homem não Chora” (2001), “Tudo se Transforma” (2017) e a inédita “Pergunta Urgente”, lançado em 2020, no álbum ‘Ao Redor do Precipício’ (2020).
A homenagem ao eterno parceiro Cazuza, “O Poeta está Vivo” (1990) e “Codinome Beija-Flor” (Cazuza, 1985). Dos vários momentos catárticos entre Frejat e a plateia, as românticas “Por Você” (1998) e “Segredos” (2001) certamente foram dois dos mais intensos da noite e embalaram os casais apaixonados.
Daí pra frente foi uma enxurrada de clássicos e hits até o final com “Malandragem” (Cássia Eller, 1994) e “Amor, meu Grande Amor” (Ângela Ro Ro, 1979), duas ligações que as grandes cantoras têm com ele. Outra música inédita nos palcos foi “Cartas e Versos”, composta em parceria com Leoni e lançada em 2020.
“Amor pra Recomeçar” (2001), “Bete Balanço” (1984), “Por que a gente é assim?” (1984), “Maior Abandonado” (1984) finalizaram o set antes dos três bis da noite: “Malandragem dá um Tempo” (Bezerra da Silva, 1986), “Exagerado” (Cazuza, 1985), “Tente Outra Vez” (Raul Seixas, 1975) e encerrou de forma arrebatadora com “Pro Dia Nascer Feliz” (1983).
Com um repertório tão amplo e com a limitação de tempo de um show, certamente o público sentiu falta de algumas canções fundamentais da carreira de Frejat, como “Túnel do Tempo”, “Meus Bons Amigos” e “Todo o Amor que Houver Nesta Vida”. Mas todos que estavam presentes saíram satisfeitos e felizes com o que foi apresentado. Uma noite para lavar a alma de quem estava com saudades de cantar a plenos pulmões músicas que representam boa parte do rock brasil dos anos 80 e 90.