Após o Lollapalooza ter sido evacuado por risco de temporal, a programação do festival retomou e a primeira banda a subir no palco foi a Fresno. Agora, oficialmente um trio, a Fresno estava acompanhada pelo baixista Tom Vicentini, um sexteto de metais, um tecladista e uma percussionista. Essas novas adições ajudaram o grupo gaúcho a manter um show elegante e contagiante.
Com mais de 20 anos de carreira, a Fresno segue se reinventando e buscando novos sons. A prova disso é a sua nova fase com o álbum ‘Vou Ter Que Me Virar’, lançado em 2021 e considerado o mais reflexivo da banda. O novo disco foi responsável por boa parte do repertório do show, que teve sua duração diminuída devido aos problemas climáticos.
“Essa Coisa” iniciou a apresentação, na sequência veio a música que dá nome ao novo disco: “VOU TER QUE ME VIRAR“. A primeira manifestação política da Fresno foi durante “Fodeu“, o telão exibiu a mensagem “Fora, Bolsonaro”. “O presidente basicamente quer te exterminar. E o ideal fascista já conquistou seu núcleo familiar“, dizia um trecho da música.
O disco ‘Sua Alegria Foi Cancelada’, de 2019, foi representado por duas músicas: “Natureza Caos” e “Cada Acidente“. O momento nostalgia ficou com o primeiro grande hit da banda “Quebre as Correntes“, lançado em 2006 no álbum ‘Ciano’. Lucas brincou com público e pediu para “os emo véio” levantarem as mãos.
A grande surpresa ficou para o final, o músico Lulu Santos subiu no palco para cantar a parceria “Já Faz Tanto Tempo“, lançada no álbum ‘Vou Ter Que Me Virar’. Depois, teve uma performance do grande sucesso “Toda Forma de Amor“, encerrando a apresentação.
Antes de sair do palco, Lulu foi ao microfone e protestou: “Como diz Carmen Lúcia, cala boca já morreu quem manda na minha boca sou eu“, disse o músico. “Censura nunca mais“, completou.