Na noite desta sexta-feira (27), Lulu Santos trouxe sua nova turnê – ‘Alô, Base!’, para Porto Alegre. Esta foi a primeira de duas noites de Araújo Vianna lotado e com um público sedento por cantar hits do início ao fim de um show. E foi isso que Lulu apresentou aos gaúchos. Um desfile de clássicos e hits que lavou a alma das mais de 4 mil pessoas durante quase duas horas e meia de apresentação. Esta tour iniciou em abril e passou por Brasília, Rio, São Paulo e Curitiba. Depois da capital gaúcha, segue para Campinas e Belo Horizonte em junho e em julho as capitais do nordeste recebem o show.
Hitmaker consagrado e campeão de trilhas de novelas, Lulu é um dos poucos músicos brasileiros que pode se dar ao luxo de intercalar românticas e dançantes sem deixar o ânimo da plateia baixar. E, já de cara, começou com clássicos como “Toda Forma de Amor” (1988), “O Último Romântico” (1987), “Um Certo Alguém” (1987) e “Adivinha o que?” (1987). Então veio a primeira interação com um sonoro ‘boa noite’, seguida das dançantes “Sincero” (‘Normal’, 1985), “Tudo Azul” (1984) / “Assaltaram a Gramática”, dos Paralamas (‘O Passo do Lui’, 1984), quando ele explicou o motivo de ter usado o mesmo cenário da turnê ‘Pra Sempre’, que passou pelo Gigantinho, em 2019. Segundo ele, ‘Alô Base!’ é uma continuação das celebrações dos 40 anos de carreira e de lançamento do primeiro single, que começaram naquela tour, que precisou ser interrompida por conta da pandemia.
“Tempos Modernos” (1982) levantou de vez a plateia, que cantou a canção em uníssono. Em diversos momentos foi possível perceber fãs fazendo vídeo selfies cantando com Lulu para alguém do outro lado da tela. Durante a balada “Tudo com Você” (‘Tempos Modernos’, 1982) foi quando entrou em cena os vocais, o gingado e a simpatia de Robson Sá, que caiu no gosto da galera quando cantou e dançou sob o groove de “Condição” (‘Lulu’, 1986) e “Satisfação” (‘Toda Forma de Amor’, 1988). “Sábado à Noite” (‘Calendário’, 1999) antecedeu a única canção da turnê anterior: “Orgulho e Preconceito” (‘Pra Sempre’, 2019).
Daí pra frente foi uma saraivada de sucessos de todas as fases como “Tudo Bem” (‘Amor a Arte’, 1989), “A Cura” (‘Toda Forma de Amor’, 1988) – que voltou às paradas devido a versão feita por Vitor Kley para as novas gerações, “Apenas Mais uma de Amor”, que apesar de ser de ‘Mondo Cane’ de 1992, virou o hino nacional que se tornou, apenas no ‘Acústico MTV’, em 2001 e “Um pro Outro” (‘Lulu’, 1986).
Na sequência veio “HIT”, música feita para o marido Clebson foi lançada em 2021, foi o primeiro single a sair por seu próprio selo, o ‘Pancho Sonido’. “Tudo Igual” (‘Assim Caminha a Humanidade’, 1994) com “Sossego” (Tim Maia), “Aviso Aos Navegantes” (‘Anticiclone Tropical’, 1996) e “Já É” (‘Bugalu’, 2003) anteciparam a catarse coletiva que viria com “Assim Caminha a Humanidade” (1994), música que marcou gerações na abertura do folhetim ‘Malhação’, da TV Globo.
E para finalizar veio um repertório praiano com um pout-pourri de “Lua de Mel” (‘Tudo Azul’, 1984), “Sereia” (‘Eu e Memê, Memê e Eu’, 1995), “De Repente Califórnia” (‘Tempos Modernos’, 1982) e “Como uma Onda” (‘O Ritmo do Momento’, 1983), momento em que ele tirou a guitarra do ombro e ficou com os braços livres para comandar o coro da galera, que ficou cantando à capela enquanto a banda saia do palco.
No Bis, “Certas Coisas” (‘Tudo Azul’, 1984) e “Casa” (‘Lulu’, 1986) finalizaram um setlist robusto que deixou o público sem argumento para reclamar de que faltaram um sucesso ou outro. Lulu trouxe ao palco do seu “disco voador preferido” (se referindo ao formato do Araújo Vianna) o que sempre se espera de um músico com quarenta anos de carreira e com o título de rei do pop brasileiro: música de qualidade e o público na sua mão desde o início. E disso os gaúchos não podem se queixar.
Até breve, Lulu! Tua base te espera por aqui.