Pontuais, como vem sendo na maioria das apresentações do festival, os franceses do Gojira iniciaram seu show no Rock in Rio antes das 19h30 desta sexta-feira, 02, como a segunda atração do Palco Mundo. Antes deles, Sepultura e Orquestra Sinfônica Brasileira fizeram o show de abertura.
Sete anos depois de sua estreia no festival, em 2015, o grupo retornou com um metal vigoroso e recheado de musicalidade num thrash progressivo com uma marca bastante forte do post-metal e sua batida industrial. A voz, muitas vezes gutural do vocalista Joe Duplantier, impressiona no alcance e na intensidade. Já seu irmão e baterista Mario Duplantier também se destaca na sua performance fazendo afagos na plateia com placas escritas em português.
Num show de pouco mais de uma hora o Gojira priorizou músicas dos dois últimos álbuns, lançados após a sua apresentação de estreia no festival: “Magma” (2016), como ‘Stranded’ e ‘The Cell’ e “Fortitude”, lançado em 2021 que teve ‘Another World’, ‘Grind’ e ‘The Chant’.
Mas o ápice foi o final quando Joe, que subiu ao palco da Cidade do Rock com pinturas no rosto em homenagem aos índios brasileiros, fez um discurso em defesa das florestas e dos povos tradicionais com a presença de indígenas de mãos dadas com o vocalista após encerrar a apresentação com ‘Amazonia’, conquistando de vez os brasileiros.
O Gojira não se intimidou com a plateia que, predominantemente, aguardava pelo Iron Maiden. Eles mostraram sua identidade e muito carisma para ganhar o público com seu metal original e altamente ativista, que vem da França, cantado em inglês, com um nome japonês e que escreve sobre as mazelas da fauna e da flora brasileira.
Memorável!! Certamente um dos grandes shows da noite metal do Rock in Rio.