O Jane’s Addiction, uma das bandas mais lendárias do rock dos anos 80, foi a quarta atração do Palco 2 do Lollapalooza Brasil neste sábado (25). Liderada por Perry Farrel, que também é o criador do festival, a apresentação da banda foi marcada pela nostalgia em meio a um público que pouco conhecia sua história.
O show do Jane’s Addiction é sempre uma viagem sonora que mistura elementos de rock, punk, funk e heavy metal. É lindo ouvir clássicos como “Mountain Song“, “Been Caught Stealing” e “Jane Says“. A experiência de uma apresentação do Jane’s é única e imprevisível.
Uma das coisas que chamou a atenção dos presentes foi a presença de um trio de dançarinas sensuais, que adicionaram uma dose extra de energia e erotismo à performance da banda.
Infelizmente, o guitarrista Dave Navarro não pôde participar do show, já que está se recuperando dos sintomas da COVID longa. Seu substituto foi Josh Klinghoffer, ex-guitarrista do Red Hot Chili Peppers, que representou muito bem com uma abordagem emocional e intensa na guitarra.
Durante o show, o Jane’s Addiction prestou uma tocante homenagem a Taylor Hawkins, baterista do aclamado grupo Foo Fighters, que partiu há um ano. Taylor era muito fã do grupo e amigo de Perry Farrel.
Quando Perry Farrel concebeu a ideia do Lollapalooza na década de 90, ele tinha em mente apenas uma turnê de despedida para o Jane’s Addiction. No entanto, o evento acabou tomando proporções épicas e se tornou um ícone cultural que transcendeu gerações. Porém, o público do festival parece não conhecer a importância do Jane’s Addiction para a cena musical alternativa.
Mas, apesar desse desdém, o legado do Jane’s Addiction permanece vivo e impactante. Em um mundo onde a música muitas vezes se torna efêmera e descartável, a obra do Jane’s é uma prova viva da capacidade que a arte tem de transcender o tempo e deixar uma marca indelével na cultura e na história.