O ator Werner Schünemann prepara-se para uma curta temporada do seu monólogo “O Espantalho” em Porto Alegre. Com exibições de 11 a 13 de agosto, no Theatro São Pedro, o espetáculo marca o mês dos pais e é uma grande jornada sentimental em meio a escolhas difíceis que envolvem pais e filhos.
O espetáculo tem direção de Bob Bahlis, que deu início ao texto. O encontro dos artistas gaúchos não se dá por acaso e a diferença geracional revela-se como ingrediente especial que permeia toda a concepção e a montagem.
Schünemann interpreta um ator bem-sucedido, que vai ao sítio do pai jogar as suas cinzas. Ao chegar na horta cultivada pelo patriarca, ele se depara com um espantalho e caixas de madeiras com objetos pessoais, que revelam vestígios de sua vida e de suas relações.
A partir disso, o personagem faz um exercício de recriação de sua memória, debruçando-se sobre a complexa relação estabelecida com o pai, desde a infância até a vida adulta. Entre as lembranças estão o período no internato, as primeiras relações amorosas, o casamento, a chegada do filho, a perda da mãe e reflete ainda sobre a finitude humana.
A passagem do pai se constitui em um elo entre o passado e o presente, mas também instaura uma necessidade de recomeço e renovação. Usando de simplicidade e delicadeza, o público é alvo fácil de cada palavra, cada sentimento, contidos em todas as linhas do roteiro. Uma peça sobre ser homem, sobre perdão e sobre fragilidades.
SERVIÇO
- Quando: De 11 a 13 de agosto / Sexta e sábado, 20h / Domingo, 18h
- Onde: Theatro São Pedro
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