Criado, dirigido e editado por Marlon Parente, um publicitário pernambucano de 23 anos, Bicha, o documentário foi disponibilizado de forma gratuita no Youtube no último dia 20 de fevereiro. De linguagem simples e direta, o filme busca ressignificar a palavra “bicha”, termo cotidianamente usado para ofender homossexuais. Em poucos dias, o vídeo de 39 minutos ganhou grande repercussão na rede.
O documentário reúne seis personagens reais, que contam suas histórias desde as ofensas sofridas na infância, até a descoberta da sexualidade e as dificuldades em se assumir para a família e enfrentar a sociedade. Peu Carneiro, Bruno Delgado, João Pedro Simões, Igor Ferreira, Italo Amorim e Orlando Dantas são os nomes desses jovens que representam um recorte da comunidade LGBT e deixam muito claro uma coisa: ser bicha é, antes de tudo, um ato político.
Em Bicha, vemos uma primeira parte mais confessional, em que conhecemos as particularidades de histórias que parecem bem similares, como a de Bruno, que com 8 anos fazia terapia e era condicionado a praticar gestos e tom de voz masculinos. Em um segundo momento, o filme parte para o seu real objetivo, que é desconstruir o significado de “bicha” como ofensa e empoderar a comunidade gay a realmente se assumir como bicha e não ter receio de ser afeminado.
“A cara do movimento gay é a bicha afeminada. A gente levantar uma bandeira é a gente proteger um ao outro”, afirma Italo Amorim em um dos depoimentos. Ao longo dos relatos, é possível identificar como a violência contra quem não se encaixa no padrão heteronormativo pode se manifestar de várias formas. E como vídeos como este podem ajudar a mudar esse panorama.
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=0cik7j-0cVU
Por: Culturíssima