Estudar música na infância pode melhorar a inteligência

Uma pesquisa realizada pela York University e pelo Royal Conservatory of Music de Toronto mostra que 90% das crianças que tenham treinamento musical apresentam melhora na inteligência, com melhor conhecimento de vocabulário, tempo de reação e precisão. O estudo foi realizado com 49 crianças previamente estudadas na idade de 4 a 6 anos, que foram divididas em dois grupos, tendo lições duas vezes por dia, em sessões de uma hora, ao longo de 20 dias.

O pediatra Marcelo Reibscheid, afirma que a música ajuda sim no desenvolvimento da criança.

— A música está intimamente relacionada ao aprendizado em crianças. Sabemos que aquelas que ouvem música com frequência, e principalmente as que estudam musica têm um raciocínio mais rápido e maior facilidade de ganho verbal.

Segundo o médico os ganhos são ainda maiores se o aprendizado iniciar cedo:

— As aulas ajudam a melhorar muito o desenvolvimento, principalmente entre 4 e 6 anos. Também sabemos que a música pode auxiliar em quadros depressivos infantis e até sintomas de dores físicas.

Estudo também mostra por que a música nos deixa nostálgicos

A música ativa diferentes funções cerebrais, o que explica porque a música gera prazer ou desprazer e nossa canção favorita nos faz mergulhar em lembranças, revela um estudo publicado nos Estados Unidos. Neurologistas americanos recorreram a um scanner com imagens de ressonância magnética (fMRI) para fazer um mapeamento da atividade cerebral com 21 voluntários que ouviram diferentes tipos de música, incluindo rock, rap e clássica.

Eles escutaram seis temas com cinco minutos cada um, inclusive cinco considerados “icônicos” de cada gênero, uma canção que não era familiar e, misturado na seleção, um tema favorito da pessoa examinada.

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Os cientistas detectaram padrões de atividade cerebral, que evidenciaram o agrado ou o desagrado com determinada canção. Também advertiram para a ocorrência de uma atividade específica quando se escuta a canção favorita. Escutar a música que a gente gosta, sem ser a favorita, abre um circuito neuronal nos dois hemisférios cerebrais, denominado rede em modo padrão, que acredita-se, atua nos pensamentos “concentrados no interior”.

Mas ouvir a canção favorita também desencadeou atividade no hipocampo, a região do cérebro adjacente, que desempenha um papel fundamental na memória e nas emoções vinculadas para a socialização. Os resultados sugerem que ouvir a canção favorita pode ajudar a tratar a perda de memória, explica Aucouturier. Será preciso fazer novos estudos para avançar nesta direção, advertiu.