“Suíte Caymmi”, com Bethy Krieger, Luizinho Santos e Elinka | Porto Alegre

Quando: 20:00 30/04/2017
Onde: Café Fon Fon - Rua Viêira de Castro - Farroupilha, Porto Alegre - RS, Brasil
Quanto: Informações na descrição do evento.


Dorival Caymmi deixou cerca de 120 músicas e é um ícone da música popular brasileira. O mar, o vento, o tempo, o amor e a Bahia foram temas recorrentes em sua monumental obra, de características únicas. Parte do seu primoroso repertório será lembrado no tributo intitulado Suíte Caymmi, que o trio formado por Bethy Krieger, Elinka e Luizinho Santos realiza no Café Fon Fon, em Porto Alegre, no próximo dia 30 de abril, domingo, às 20h, data do nascimento de Caymmi. Devido à limitação do espaço, é aconselhável a reserva antecipada pelo telefone (51) 998807689.

Luizinho Santos conta que a escolha pelo repertório do cantor e compositor baiano, além de musical, se dá por uma relação afetiva. Seu pai, que era carioca, foi amigo de Jorge Amado e de Caymmi. – Meu pai fez o roteiro, a direção de fotografia e adaptou o filme Estrela da Manhã (1950), de Oswaldo Marques de Oliveira, com argumento de Jorge Amado, no qual Caymmi aparece cantando, explica. Bethy Krieger reconhece – Ele é um dos meus compositores preferidos. Eu o aprecio desde criança, quando o ouvia no rádio, antes de dormir. Adoro sua simplicidade sofisticada. Por isso, escolhemos este título, pois a obra dele é assim: única e continua, explica a pianista.

O repertório a ser interpretado pelo trio está pautado pelos principais motivos inspiradores do cancioneiro de Caymmi: a BAHIA (exaltada em temas como O que é que a baiana tem, Você já foi à Bahia e Saudades da Bahia), as MULHERES (desde as morenas Rosa e Marina, Dora e Doralice, até as famosas Gabriela e Teresa, protagonistas de Jorge Amado), o AMOR (como no samba-cancão Nem eu e em Só Louco) e o tão aclamado MAR e suas personagens: o vento, a tempestade, os pescadores, ícones das canções praieiras, e também os orixás, em temas como Sargaço Mar e Canto de Nanã.

Ao longo do ano, Bethy Krieger, Elinka Matusiak e Luizinho Santos irão realizar novos encontros musicais, destacando compositores (as) que contribuíram para renovar e enriquecer o cenário da música brasileira. Além de Tom Jobim, destacado no mês passado, e Dorival Caymmi, neste mês, serão homenageados: Chico Buarque de Hollanda (junho), Caetano Veloso (agosto), Edu Lobo (setembro), Milton Nascimento (outubro) e Mulheres Compositoras (dezembro).

Sobre Dorival Caymmi
Dorival Caymmi nasceu em Salvador, BA, no dia 30 de abril de 1914, filho de Durval Henrique e Aurelina Cândida (a Dona Sinhá). Cresceu em um ambiente musical, pois o pai, que era funcionário da Alfândega, também tocava violão, piano e bandolim, instrumento que Dona Sinhá tocava muito bem. Caymmi contava que se lembrava da primeira emoção que a música lhe causou, aos quatro anos, quando ouviu a canção Elegy, do francês Gules Massenet, fato que despertou, decisivamente, sua atenção para a música. Ainda na infância, em Salvador, se impressionava com os pregões das vendedoras de acarajés, com suas belas e coloridas roupas. A família de Dorival promovia saraus com repertórios feitos de valsas, operetas, árias de óperas, modinhas e declamações de poesia, ambiente que ajudou a fomentar o talento musical.

Caymmi gostava de desenhar a paisagem que via da janela do sobrado onde morava e aos poucos foi adquirindo habilidade com lápis e caneta. Posteriormente, em 1943, aperfeiçoaria este talento ingressando no curso de desenho na Escola de Belas Artes do Rio. O violão foi aprendendo sozinho, praticando escondido até que o pai descobriu. Como tocasse errado, Durval passou a lhe dar as primeiras aulas, ensinando sobre os acordes certos, a posição dos dedos e as levadas do jeito que deveriam ser. Teve aulas complementares com o tio, Sissi, conhecedor do repertório de choro. Durval estranhava a forma como seu filho, Dorival, tocava, alterando os acordes, colocando sétimas e nonas, fazendo inversões, coisas que viriam a caracterizar sua música. A primeira composição foi feita com seu amigo, Zezinho, aos 11 aos, e se chamava No Sertão (1925), que nunca foi gravada.

Em 1938, ele desembarca no Rio de Janeiro, onde publica desenhos na revista O Cruzeiro e estreia na Rádio Transmissora cantando o samba O Que É Que a Baiana Tem?, incluído no filme Banana da Terra, de J.Rui. No ano seguinte, ele grava este samba em dupla com Carmen Miranda, que se torna um sucesso nacional. É cantando O Que É Que a Baiana Tem?, na Broadway, que a cantora se projeta nos EUA. É nesta época que ele conhece, em um programa de calouros na Rádio Nacional, no Rio, a cantora Stella Maris, com quem se casa em 1940. O casal teve três filhos, todos voltados para a carreira musical: Nana (1941); Dori (1943) e Danilo (1948).

Outras composições viriam a marcar a trajetória de Caymmi, como Samba da Minha Terra (1940), Você Já Foi à Bahia? (1941), Rosa Morena (1942), Marina (1947), Não Tem Solução (1952), João Valentão (1953), Maracangalha (1956), Oração para Mãe Menininha (1972), Modinha para Gabriela (da trilha sonora da novela Gabriela), entre outras. Em 60 anos de carreira, Dorival Caymmi gravou cerca de 20 discos, mas o número de versões de suas músicas feitas por outros intérpretes é praticamente incalculável. Sua obra, considerada pequena em quantidade, compensa essa falsa impressão com inigualável número de obras-primas. Nos últimos anos, já com problemas cardíacos, passou a apresentar-se esporadicamente em shows ao lado dos filhos Dori, Nana e Danilo. A editora Lumiar lançou em 1994 o songbook com suas obras, acompanhado por três CDs. Morreu de falência múltipla dos órgãos, no Rio, em 16 de agosto de 2008, 11 dias antes de sua esposa, que estava em coma no hospital.

INFORMAÇÕES SOBRE O ESPAÇO:
Localização: Rua Vieira de Castro, n° 22 (próximo ao Colégio MiIitar), Bairro Farroupilha, Porto Alegre-RS | Capacidade: 60 pessoas | Aceitam-se Visa e Mastercard
Acessibilidade total | Ambiente climatizado | Fone para reservas pelo fone (51) 998807689

SERVIÇO:

O Quê: Suíte Caymmi. Tributo a Dorival Caymmi, com Bethy Krieger, Luizinho Santos e Elinka.
Quando: Dia 30 de abril de 2017, domingo, às 20h, com dois blocos de 45 min., cada.
Onde: Café Fon Fon (Rua Vieira de Castro, n° 22, Farroupilha), Porto Alegre-RS
Quanto: Couvert artístico ao preço de R$ 30,00
Reservas e informações podem ser feitas pelo fone (51) 998807689
Apoio Cultural: Coisas da Frida, Santo Ofício Cabelo & Arte
Realização: Epifania Arte & Tecnologia | Café Fon Fon
Promoção: Silvia Abreu Consultoria Integrada de Marketing
Evento: Suíte Caymmi – Tributo a Dorival Caymmi