Alabê Ôni lança CD e faz show com transmissão ao vivo pela web

Na próxima quarta-feira, 25 de outubro, às 20 horas, o grupo Alabê Ôni faz show com transmissão ao vivo pela internet, diretamente do estúdio do Coletivo Catarse, para o lançamento do álbum O Berço do Batuque no RS: Mestre Borel – Toques e Cantos da Nação Oyó-Idjexá. O show poderá ser assistido pelo no canal oficial do youtube(https://goo.gl/Kyv3SJ), e o disco estará disponível gratuitamente nas plataformas digitais (Soundcloud e Youtube) após o espetáculo.

show e o lançamento do CD marcam a realização do projeto homônimo – vencedor do 4º Prêmio Afro, promovido pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves – CADON e a Fundação Cultural Palmares – que busca garantir a permanência, a preservação e a divulgação dos saberes Oyó-Idjexá, por meio do legado musical deixado por Mestre Borel, principal babalorixá do Batuque no estado e guardião da memória da Nação. Além do show e o do CD, o projeto é composto por um Blog(https://projetobercodobatuquers.wordpress.com) e conteúdos nas redes sociais Instagram e Facebook. No canal oficial de vídeos no Youtube (https://goo.gl/Kyv3SJ) estão disponíveis registros visuais/audiovisuais do acervo de Mestre Borel e outros materiais que estão sendo produzidos especialmente para o projeto. O trabalho de organização do acervo é realizado pela historiadora Leticia Bauer, especialista em patrimônio material e imaterial. No soundcloud (https://soundcloud.com/user-603776236) o CD estará disponível para audição gratuita.

O repertório do CD e do show é composto de 13 cantos entoados em iorubá arcaico, e os toques foram recriados por Pingo Borel – filho de Mestre Borel, griô e alabê de segunda geração. As letras são recriações poéticas feitas por Richard Serraria, a partir de tradução do iorubá. Os cantos escolhidos representam a força de cada Orishá: BaráOgún, Iansã, Shángô, Odé e Otín, Ossãin, Shapanã, ObáIbedji, OshúnIemandjá, Oshalá e, por último, um cântico entoado em agradecimento aos ogãs (tamboreiros), intitulado Alabê Ôni.

A gravação contou com orientação vocal de Marcelo Delacroix e consultoria de Angelo Primon, além da participação das cantoras Simone RasslanAndréa CavalheiroAuristela Mello Ferreira e Stephanie Soeiro da Silva, e dos percussionistas do Alabê Ôni: Richard SerrariaMimmo FerreiraPingo Borel e Cristiano Rodrigues.

Metade da tiragem dos CDs físicos (500 exemplares) será distribuída gratuitamente para pontos de cultura, comunidades quilombolas, instituições ligadas ao movimento negro, escolas e universidades interessadas no conhecimento Oyó-Idjexá.

Serviço

Show Alabê Ôni On Line: lançamento do CD ‘O Berço do Batuque no RS: Mestre Borel – Toques e Cantos da Nação Oyó-Idjexá’

Quarta-feira, 25 de outubro às 20h

Transmissão ao vivo do Coletivo Catarse pelo Youtube – https://goo.gl/Kyv3SJ

Informações: https://www.facebook.com/events/1725829980768880/

O disco estará disponível gratuitamente nas plataformas youtube e soundcloud (https://soundcloud.com/user-603776236) após o espetáculo

Acompanhe o projeto na web

Teaser https://youtu.be/oXPsbBptldY.

Canal Youtube https://www.youtube.com/channel/UCbZV7G98CdCtgAUFK2y8sSQ

Facebook: www.facebook.com/alabeoniface

G+ https://plus.google.com/u/0/113071875956139799806

WordPress https://projetobercodobatuquers.wordpress.com/

Instagram @Alabê Ôni

Soundcloud: https://soundcloud.com/alab-ni

Ficha Técnica

Coordenação geral: Richard Serraria

Direção musical: Mimmo Ferreira

Produzido por: Alabê Ôni

Coordenação de estúdio, captações e mixagem: Tuti Rodrigues

Masterização: Rafael Rhoden

Coordenação de pesquisa: Letícia Bauer

Griô: Pingo Borel (Walter Mello Ferreira)

Direção de produção: Cristiane Cubas

Percussionistas/Cantores: Richard Serraria, Mimmo Ferreira, Pingo Borel e

Tuti Rodrigues

Cantoras: Simone Rasslan, Andréa Cavalheiro, Auristela Mello Ferreira e Stephanie Soeiro da Silva

Orientação vocal e apoio harmônico: Marcelo Delacroix

Apoio harmônico e consultoria: Angelo Primon

Áudios de Mestre Borel extraídos de: Documentário Mestre Borel – A Ancestralidade Negra em Porto Alegre (Fumproarte – 2010); CD Shirê Oyó e Ijeshá (Atabaque´s Records – 2008);  Inauguração do Ilê de Xangô / Yalorixá Marlene Xavier (Santa Maria RS – 1991).

Assessoria de imprensa nacional: Adriana Bueno

Assessoria de imprensa local: Adriana Martorano

Comunicação web e fotografia: Náthaly Weber

Fotografia de capa (Borel Majestoso):  Olavo Ramalho Marques

Fotografia de abertura do encarte: Joel Vargas (SMC)

Design gráfico: Rafael Sarmento

Videomaker (montagem e edição): Têmis Nicolaidis

Tradução de LIBRAS: Celina Xavier

Tradução de BRAILE: ACERGS – Associação de Cegos do RS

Agradecimentos: Estúdio Fly Áudio, Cecilia Mello Ferreira, Ronald Augusto, Raquel da Silva Silveira, Flavio Alves, Álvaro Rosa Costa, Nelson Beck, Beto Chedid e Carlos Caramez.

Sobre o projeto

O projeto Berço do Batuque no RS: Mestre Borel – Toques e Cantos da Nação Oyó-Idjexá foi vencedor do 4ª Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras na categoria Música – Preservação. Tem como objetivos garantir a permanência, a preservação e a divulgação dos saberes Oyó-Idjexá, por meio do legado musical deixado por Mestre Borel, principal babalorixá do Batuque no RS, que se constituiu como o principal guardião da memória da Nação Oyó Idjexá. O trabalho de organização do acervo está sendo realizado pela historiadora Leticia Bauer, especialista em patrimônio material e imaterial.

Além do show e o do CD, o projeto é composto por um Blog (https://projetobercodobatuquers.wordpress.com) e conteúdos nas redes sociais Instagram e Facebook. O projeto conta, ainda, com um canal de vídeos no Youtube (https://goo.gl/Kyv3SJ), onde estão disponíveis registros visuais/audiovisuais do acervo de Mestre Borel, como entrevistas e trechos de audiovisuais coletados com direito de uso, além de outros materiais que estão sendo produzidos especialmente para o projeto, como vídeos de pesquisa historiográfica do batuque no RS, a memória viva do griô de segunda geração Pingo Borel e vídeos gravados com grupo Alabê Ôni, pesquisadores e comunidades ligadas ao batuque. Os vídeos estão sendo publicados sistematicamente até o final de outubro. Todo o conteúdo é disponibilizado de maneira aberta e livre para qualquer pessoa interessada e ainda contará com ferramentas de acessibilidade, permitindo que o projeto tenha acesso universal. O público também pode acompanhar o andamento do projeto no blog e ouvir o disco no soundcloud (https://soundcloud.com/user-603776236).

Berço do Batuque contribui para disseminar e partilhar saberes da cultura popular e de matriz africana, promove a música negra no estado, gera reflexão e conhecimento e eleva a autoestima das comunidades negras e batuqueiras, gerando o respeito à diversidade cultural e combatendo a discriminação, o racismo e o preconceito.

Prêmio Afro é promovido pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves – CADON, com apoio institucional da Fundação Cultural Palmares, instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) / Governo Federal. A Petrobras é a patrocinadora do projeto, que conta, ainda, com o apoio do Coletivo Catarse e da Sete Sóis.

Mestre Borel

Mestre Borel, principal babalorixá do Batuque no RS, filho de uma nigeriana, carnavalesco, escritor e alabê da tradição, representa essa reconstrução identitária. Como pesquisador do Batuque conheceu diferentes e importantes terreiros de nação, umbanda e candomblé como da Mãe Menininha. Fluente em iorubá e tamboreiro desde criança, constituiu-se como o principal guardião da memória da Nação Oyó Idjexá. Foi reconhecido apenas na primeira década do século XXI e faleceu aos 102 anos. Um autêntico griô, memória que segue viva nos cantos de seu filho, Pingo Borel.

Alabê Ôni

Alabê Ôni é um grupo formado pelos músicos Pingo BorelMimmo FerreiraTuti Rodrigues e Richard Serraria, pesquisadores da percussão afro sul rio-grandense, que valoriza os tambores e manifestações de raiz africana do Rio Grande do Sul. O Batuque de Nação Oyó Idjexá é parte estruturante do Alabê Ôni, junto com o Maçambique e o Quicumbi (rituais afro católicos) e o Candombe (afro uruguaio).

Entre 2013 e 2014, o Alabê Ôni participou do projeto Sonora Brasil do SESC em 120 cidades em todo o país. Durante as viagens, o grupo pesquisou, reuniu entrevistas e registros de grupos populares em terreiros, quilombos, contadas e batuques, mostrando a herança cultural negra no Brasil. Como desdobramento dessa pesquisa, o Alabê produziu espetáculos e projetos como o Alabem brasileiro – uma reunião de diferentes manifestações populares negras de diferentes estados por onde o grupo passou nos últimos anos e o Alabem Gaúcho – projeto de resgate de cantos e tambores afrogaúchos.

O DVD Alabê Ôni (https://youtu.be/5vgk8ppwFms), produzido pelo Coletivo Catarse, é usado pelo grupo como ferramenta na realização de palestras, aulas-show e oficinas. Distribuído a escolas municipais de Porto Alegre, bibliotecas e pontos de cultura, o DVD serve como material de apoio didático em sala de aula. O audiovisual também ganhou exibições em emissoras de televisão como a TVE e a TV Brasil.

O grupo é responsável também pelo documentário O Grande Tambor (http://coletivocatarse.com.br/home/o-grande-tambor-4/), produzido pelo Coletivo Catarse, que registra a importância do Sopapo – tambor de matriz africana próprio do RS – na cultura brasileira.

Em 2017, o grupo foi selecionado no edital nacional Prêmio Afro 2017 (CADON/Fundação Palmares/MINC).

 

Por: Adriana Martorano