Criolo é um músico que está sempre se regenerando, já cantou Tim Maia, é um dos maiores rappers do Brasil e agora está se aventurando no samba. Neste domingo (14), ele estará em Atlântida para cantar no festival Pepsi Twist Land. Conversamos com o rapper sobre o disco Espiral de Ilusão, o show Ainda Há Tempo e as visões dele sobre o atual cenário na música brasileira.
Lançado em abril de 2017, o disco Espiral de Ilusão conta com 10 músicas inéditas. Muitas contém um teor político, como “Meninos Mimados” e “Cria de Favela”. Perguntado sobre como foi o processo de composição e levantar a bandeira no gênero, Criolo diz: “O samba já é a bandeira maior que trata de todos os temas com respeito e sinceridade. Eu apenas pedi licença para viver este sonho antigo, ano passado tomado de emoção forte meus sentimentos todos ‘desaguaram’ em forma de samba e não foi algo pensado aconteceu assim. É isso relembrou a mim um desejo de um sonho antigo. Gravar um disco de samba”
Espiral foi muito bem recebido pela crítica, está entre os melhores do ano na lista do nosso disco. Questionado sobre a recepção do álbum, Criolo diz que recebeu este momento de acolhimento com muito carinho: “…tem muito da minha alma total neste disco. A receptividade tem emocionado a todos ninguém esperava tamanha repercussão positiva”.
Criolo se apresentará neste domingo (14), no Pepsi Twist Land, na Praia de Atlântida. Dessa vez não trará o show de samba e sim o de rap Ainda Há Tempo, que está desde 2016 rodando o país. Segundo o rapper, no setlist estarão músicas dos discos “Nó da Orelha”, “Convoque seu Buda” e “Ainda Há Tempo”. A apresentação é gratuita e começa a partir das 22h45, mais informações no site www.pepsitwistland.com.br
Confira a entrevista na íntegra:
O Pepsi Twist Land reúne grandes nomes da MPB e também novos talentos, como você vê o atual cenário da música brasileira?
Brasil tem em todos os estados pessoas realmente iluminadas em todos os campos das artes ciências exatas e humanas e na música não seria diferente, a todo momento novos talentos e cada um ao seu tempo e com seu tempo para dividir essa luz com todos.
Em 2016, você relançou o Ainda Há Tempo. Na nova versão, você também mudou algumas letras. O que mudou no Criolo de 2006 pra cá?
Compreensão sobre o significado de algumas palavras e a importância da mudança se deu já muito antes de 2016, mas isso só ficou registrado fonograficamente pela oportunidade de regravar as músicas para celebrar os 10 anos de meu primeiro disco.
Podemos esperar novos trabalhos no samba?
Sempre vivendo música em todas as formas. A liberdade para viver isso é maravilhosa e tudo pode acontecer com muito trabalho e dedicação.
O que tem programado para 2018, vai levar o Espiral para o exterior?
O álbum acaba de ser lançado na Europa e vamos aguardar, espero que sim que aconteça o quanto antes.
Pode deixar uma mensagem para o fãs gaúchos?
Gratidão por todo carinho com todas as fases e vivências na música. Vocês são especiais pra mim.