Sandra de Sá apresenta o show “Baculêju da de Sá” em Porto Alegre

Sandra de Sá, uma das vozes mais importantes da música brasileira de todos os tempos, já está com as malas prontas para voltar a Porto Alegre. A cantora, que ajudou a levar o funk e o soul nacional para topo das paradas nos anos 80, subirá ao palco do Opinião, no dia 5 de maio, com o espetáculo “Baculêju da de Sá”, que se tornou popular na noite carioca e agora vai ganhar o restante do país.

Acompanhada por um time de novos artistas, que conta com as vocalistas Nanda Fellyx, Simone Floresta e com o rapper Denegrindo, Sandra não deixará nenhuma pessoa parada na pista, com um repertório que vai ir de Tim Maia a Jorge Ben Jor, passando por Simonal e Bebeto, sem deixar de fora os seus grandes hits, que muito tocaram nas rádios FM’s de todo o Brasil e chegaram a fazer parte da trilha sonora de diversas novelas, como “Vale Tudo” (https://youtu.be/5Yrh0PLDeqc), “Bye Bye Tristeza”, “Enredo do Meu Samba”, “Olhos Coloridos” (https://youtu.be/QAo329VlciA), “Retratos e Canções” e “Demônio Colorido” (https://youtu.be/gUT4_W_jacA), canção que estreou no Festival MPB-80, organizado pela Rede Globo, e que deu à cantora o status de rainha do soul brasileiro. Muitas outras releituras de sucessos do funk’n’roll e do rock’n’soul também irão aparecer, meio que de surpresa, ao longo do set-list.

SANDRA DE SÁ

Carioca do bairro de Pilares, Sandra de Sá cresceu em uma família de músicos, frequentando blocos de carnaval e bailes funk desde pequena. Na década de 70, com pouco mais de 15 anos de idade, começou a cantar e compor, participando em 1980 do Festival MPB-80, com a canção “Demônio Colorido”. No mesmo ano, ela gravou o seu primeiro disco, impulsionado pelos sucesso apresentado na competição organizada pela Rede Globo e pela sua versão para a faixa “20 e Poucos Anos”, de autoria de Fábio Júnior.

Chamada por alguns de “Tim Maia de Saias”, Sandra teve a sua produção musical constante na década de 80, com outros seis trabalhos de estúdios lançados, todos por grandes gravadoras da época, como a RGE, RCA e BMG. Os hits “Vale Tudo”, “Bye Bye Tristeza” e “Enredo do Meu Samba” tocaram muito nas rádios, chegaram a ser incluídas na trilha sonora de algumas novelas e evidenciaram o timbre grave da cantora, assim como toda a sua simpatia em cima do palco. Ela viajou pelo país e fez grandes amizades, seja com Cazuza, Leci Brandão ou Peninha.

Nos anos 90, Sandra de Sá marcou a sua presença dentro do cenário nacional com gravações feitas ao lado de Djavan, Marina Lima, Carlinhos Brown e Herbert Vianna. “Sozinha”, “Vamos Viver” e “Soul de Verão” foram alguns dos principais sucessos, todos ligados ao funk, ao soul e ao samba rock, estilos que a cantora se tornou uma das principais representantes no país. Ela foi, inclusive, quem criou a expressão “Música Preta Brasileira”, brincando com a sigla MPB. Já nos anos 2000, lançou o álbum “Momentos que Marcam Demais”, cheio de participações especiais.

Com quase quatro décadas de carreira, Sandra é hoje uma das grandes referências da música brasileira, reconhecida pela potência da sua voz, pelo seu suingue ou pela sua personalidade, feita de ternura e malandragem. Interpretando canções novas e antigas, a cantora vem buscando também outros caminhos para a sua arte. Em 2005, estreou no teatro e atuou pela primeira vez na televisão, no seriado “Sob Nova Direção”, da Rede Globo. Ela ainda se apresentou diversas vezes nos Estados Unidos e na Europa e continua lançando DVD’s, participando de grandes eventos, como o show de encerramento dos Jogos Parapan-Americanos do Rio, e gravando discos.

Por: Paulo Finatto Jr.