A noite calorosa e abafada de terça-feira (13), foi brindada com um belo espetáculo do MGMT no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre. A banda liderada por Andrew VanWyngarden e Ben Goldwasser estreou na capital gaúcha com casa lotada, mais de 3.400 pessoas foram assisti-los.
Depois de atrasar a abertura do portões em 1 hora e meia, a banda subiu no palco às 21h30. Sem muito alarde, os meninos logo começaram a tocar “Alien Days“, dando uma amostra do que seria o show. Logo após foi a vez de “Little Dark Age“, música do novo disco homônimo.
A plateia que estava sentada, foi levantar apenas no hit “Time to Pretend“, a primeira do disco ‘Oracular Spectacular’, um dos mais tocados e elogiados da banda. O disco ‘Congratulations’, lançado em 2010, também esteve no setlist, com “Flash Delirium“, “Siberian Breaks” e a homônima que encerrou a apresentação.
Pouco falante, a comunicação do vocalista Andrew VanWyngarden com os fãs se limitou a falar que o Auditório pareceria uma espaçonave e o velho clichê de perguntar se está tudo bem. Mesmo com poucas palavras e o tom meio blasè não impedem o cantor de sorrir bastante no palco.
Em turnê para divulgar o ‘Little Dark Age’, lançado em fevereiro deste ano, a banda fez exatamente isso: divulgou o disco. Foram mais cinco músicas, “When You Die“, “She Works Out Too Much“, “James“, “TSLAMP” e dando destaque para “Me and Michael“, uma canção que remete aos anos 80 com seu instrumental.
Os sucessos e clássicos do indie, “Kids” e “Electric Feel“, foram deixados para o final. Estas canções provocaram o ápice da apresentação, onde todo mundo cantava. Muita gente esperou o fim de “Electric Feel” e decidiu ir embora, faltando mais 3 músicas para encerrar o show. Bom, quem saiu antes perdeu a linda sequência de “TSLAMP“, “Of Moons, Birds & Monsters” e a balada “Congratulations“, última do set, que provocou uma viagem psicodélica com violões em primeiro plano.
Pode-se dizer que o MGMT é uma banda dois em um. Existe um grupo que faz pop com sintetizadores e melodias assobiáveis; e outro que prefere psicodelia e versos de difícil memorização. Com essa junção, Ben e Andrew conseguem funcionar perfeitamente no palco.