Chris Amoretti lança Magnetic South em todas as plataformas digitais

Foto: Andre Perrone

Um mergulho para dentro de si acompanhado de experimentações em sua musicalidade pautada já por longa trajetória na cena musical, na busca do encontro com esse momento de uma maturidade sonora e individual. Coisas que foram possíveis nestes tempos difíceis e de mais reclusão, mas também de forte resgate de forças e referências importantes dentro da construção musical. É nesse movimento que a cantora, compositora, instrumentista e produtora porto-alegrense Chris Amoretti lança o seu sexto álbum, Magnetic South, no próximo dia 10 de dezembro em todas as plataformas digitais.

Após um período extenso de trabalho, a cantora pôde se permitir experimentar novas investidas, trazendo referências da pegada soul, jazz, blues e MPB, visitando um universo mais roqueiro e misturando ainda acústico e eletrônico, sempre presentes nos seus trabalhos anteriores. Através de uma temática mais profunda nas letras, Chris apostou num disco que respeitasse e refletisse este momento mais intimista, denso e introspectivo, convidando o público a se questionar – “O questionamento nem sempre é confortável e não é todo dia que estamos dispostos. Eu sempre pautei por levar mais do que entretenimento nas minhas canções. Nada contra o entretenimento puro e simples, mas acho sensacional conseguir provocar estes questionamentos, estas reflexões, através da música. E isso é muito mais forte e essencial agora vivendo estes novos tempos”, salientou.

Apesar de querer investir bastante em novas misturas e texturas sonoras, o eletrônico ganhou um lugar especial neste novo trabalho por fazer parte de sua caminhada musical desde muito antes do início de sua carreira solo, nos anos 90. Foi através dele que a cantora sempre encontrou meios de viabilizar a concretização de suas músicas aproveitando a sonoridade interessante, a modernidade e a urbanidade do estilo, e transformando-o em um canal de conexão e inclusão entre as pessoas. A proposta do novo disco era voltada para uma pegada roqueira e de novos desafios e investidas, mas a possibilidade de misturar sonoridades improváveis era tão real, que foi preciso encontrar um meio de aliar todas estas novidades/vontades – “Eu queria muitas guitarras e energia. Tinha muito este desejo! Mas fui percebendo que aquilo, daquela forma, não era eu. Ou melhor, era parcialmente. E conforme fomos produzindo, vi que não me sentiria totalmente representada, seria um contrassenso”, contou.

Com nove faixas, Magnetic South é um disco autoral – apenas uma faixa não é de sua autoria; com letras em inglês, característica marcante em sua careira. Todos os trabalhos anteriores também foram gravados na língua inglesa, o que, para ela, sempre foi vivido com muita naturalidade. “Sempre me perguntam sobre isso e eu entendo este questionamento. Mas eu defino minha música como Música Brasileira em Inglês porque é completamente um lance de identidade, não com determinado país, mas com a língua em si e toda sua poética. Sempre senti assim. Já ouvi até que canto com sotaque português!”, se diverte.

A produção contou com uma equipe super enxuta – o produtor e músico Vinicius Bancke e a violonista Andrea Perrone, com quem Chris trabalha desde 2012 em diversos projetos – “Produzi um EP da Andrea e fizemos algumas gravações e shows aqui e fora do Brasil. Com o Vinícius é a primeira vez que trabalhamos. Procurava um estúdio que gravasse bem o meu tipo de voz e acabamos nos encontrando. Além de gravar e mixar, ele também é multi-instrumentista, o que permitiu experimentarmos concepções e arranjos, bem como possibilitar que ele desse seu input nas músicas”, contou. Como o álbum já estava quase pronto antes da pandemia chegar, não houve muitos problemas para a sua finalização. As três músicas faltantes foram gravadas em estúdio, seguindo todos os protocolos sugeridos pela OMS, e a masterização aconteceu normalmente de modo remoto pela internet.

Com lançamento oficial agendado para o dia 10 de dezembro, Magnetic South chegará às plataformas digitais com a intenção de promover esta identificação do público com as temáticas, trazendo reflexões em tempos tão duros e imprevisíveis, despertando sensibilidade e olhares mais aguçados sobre o outro e sobre o mundo. A ideia da cantora é lançar os vídeos das canções em seu canal no Youtube e quem sabe ainda transformar estes vídeos em um curta-metragem contando a história de todo o processo de produção. Além disso, Chris ainda tem outros planos que espera concretizar – “Tenho muita vontade de fazer este repertório com banda, iluminação e telão para potencializar a vivência das músicas. Fazer uma grande imersão ao vivo deste repertório. Uma ideia ousada, mas a imaginação é livre, não é?”, salientou.

SERVIÇO

O QUÊ: Chris Amoretti lança Magnetic South em todas as plataformas digitais

QUANDO: 10 de dezembro

ONDE: Via streaming em todas as plataformas digitais

Por: Camila Sequeira