Que tal ouvir música de concerto no ambiente informal de um bar? Neste sábado, dia 1º de outubro, às 18h30, o projeto Desconcerto promove sua décima quinta edição no Parangolé (Lima e Silva, 240), na Cidade Baixa, em Porto Alegre. Desta vez, a convidada é a prestigiada pianista Catarina Domenici, que apresenta “O piano de Ernesto”.
Em homenagem ao grande compositor brasileiro Ernesto Nazareth (1863-1934), que transformou em linguagem pianística a sonoridade dos conjuntos de choro de sua época, Catarina interpreta seus tangos, polcas e valsas.
Assídua dos palcos mais tradicionais de Porto Alegre, Catarina avalia a possibilidade de levar seu trabalho para um bar: “Essa cidade tem tesouros inacreditáveis, e um deles é o projeto Desconcerto. Esse projeto é inovador, e está contribuindo muito para divulgar uma música que até então ficava restrita aos teatros”.
O projeto Desconcerto não cobra um valor fixo de couvert artístico, mas sugere uma contribuição espontânea, de R$ 5 a R$ 20, que remunera os músicos. Reservas pelo 3019-6898.
CATARINA DOMENICI
Professora de piano na UFRGS desde 1993, também mantém ativa carreira como recitalista e camerista. Após o curso de graduação em música na UNESP, quando atuou como pianista do Grupo PIAP, recebeu bolsa (CNPq) para realizar Mestrado e Doutorado em Piano Performance na Eastman School of Music. Lá ganhou o Performer’s Certificate, o Prêmio Lizie Teege Mason de melhor pianista. Além de reconhecida solista detentora de prêmios expressivos ao longo de sua carreira, gravou o CD Porto 60, premiado com dois Troféus Açorianos. Também como camerista, vem colhendo prêmios tais como o de melhor camerista no VII Prêmio Eldorado de Música, o Troféu Açorianos e a da APCA de São Paulo. Na universidade, desenvolve pesquisa pioneira sobre interações compositor-performer na música contemporânea, a qual vem sendo apresentada em congressos na Europa, Ásia e América do Sul.
O PROJETO DESCONCERTO
O Desconcerto foi inspirado em projetos que têm levado essa tradição musical a bares e casas noturnas na Europa e nos Estados Unidos (como Classical Revolution e The Night Shift). Tomar um chope enquanto assiste ao recital? Pode. Aplaudir quando uma passagem causa entusiasmo ou entre os movimentos, e não só ao final da peça? Sinta-se à vontade.
O objetivo é justamente apresentar a música de concerto em um formato diferente do convencional, transgredindo códigos que conferem um ar sisudo a essa tradição e a afastam do público, e estimulando novas formas de performance e escuta.